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"E há de se entender o seguinte: que um príncipe, e especialmente um príncipe novo, não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo frequentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião. É necessário, por isso, que possua ânimo disposto a voltar-se para a direção a que os ventos e as variações da sorte o impelirem, e, como disse mais acima, não partir do bem, mas, podendo, saber entrar para o mal, se a isso estiver obrigado."

(MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 80. Coleção Os Pensadores.)

Ao oferecer seus conselhos a Lourenço de Médici, Maquiavel tornou público um dos textos mais importantes do Renascimento sobre o exercício do poder e a manutenção do Estado moderno. Sobre o tema, é correto afirmar:

($\quad$) O texto de Maquiavel trata de um fenômeno político que surge em toda a Europa no século XVI, decorrente do despertar de um forte sentimento revolucionário que uniu monarquia, burguesia e camponeses contra os senhores feudais.

($\quad$) Ao testemunhar as vicissitudes políticas de Florença, Maquiavel inspirou-se nas atitudes dos príncipes e do papado para escrever um tratado no qual admitia que a moral, nos assuntos políticos, devia ser relativa ao objetivo principal dos príncipes, a saber, manter o Estado.

($\quad$) Para fortalecer o seu poder internamente e garantir a supremacia frente aos outros Estados, o monarca moderno passou a contar com exército próprio, tanto que as expedições militares passaram a ser financiadas pelo erário público.

($\quad$) Uma fonte segura de financiamento das monarquias modernas foi a expropriação das terras da nobreza.

($\quad$) A arquitetura, as artes, os espetáculos, as cerimônias e os rituais políticos foram manifestações do poder monárquico, que não era exercido só pela força, mas também pelo carisma e pela mística da majestade real.

-"Muito mais que apenas discriminação ou preconceito racial, o racismo é uma doutrina que afirma haver relação entre características raciais e culturais e que algumas raças são, por natureza, superiores a outras. (...) O racismo deforma o sentido científico do conceito de raça, utilizando-o para caracterizar diferenças religiosas, linguísticas e culturais."

(CARNEIRO, M. L. T. O racismo na História do Brasil. São Paulo: Ática, 1994. p. 6.)

Se o conhecimento da História é o estudo do passado para a compreensão do tempo presente, sobre o racismo é correto afirmar:

($\quad$) No Brasil, herdaram-se diversos preconceitos do passado escravista, como a imagem de inferioridade do negro e de indolência do índio.

($\quad$) Os novos movimentos nacionalistas na Europa, dentre os quais pode-se citar o neonazismo, são herdeiros dos movimentos que se deixaram orientar por doutrinas racistas.

($\quad$) Nos Estados Unidos, o racismo é combatido em nome da eugenia.

($\quad$) Nos campos de concentração, Hitler internou tão-somente a população de origem judaica, objeto de sua política de "limpeza étnica".

($\quad$) O antissemitismo, que já era difundido em toda a Europa desde meados do século XIX, foi instrumentalizado politicamente pelos nazistas em nome da defesa da raça ariana, o que reforçou o poder carismático de Hitler.

A grande pobreza e a produção agrícola voltada para o mercado interno marcaram o processo de formação da capitania de São Vicente. É nesse quadro que se observam, ao longo do século XVII, algumas características daquela sociedade, bem como as marcas de sua expansão em direção ao sul, ao centro-oeste e ao extremo norte do Brasil colonial. Assim, pois, fez(fizeram) parte desse processo:

($\quad$) A formação do bandeirantismo, ou das bandeiras, as quais consistiam em adentrar-se pelas matas para capturar índios, sobretudo guaranis, para convertê-los em escravos. As bandeiras contavam com grupos de dezenas e até centenas de pessoas.

($\quad$) A incorporação de enormes contingentes de escravos africanos para o trabalho nas lavouras do planalto, transportados aos campos de Piratininga através do Caminho do Mar.

($\quad$) A dedicação à busca de metais e pedras preciosas, o que leva à criação de vilas como Iguape, no litoral sul do atual estado de São Paulo, e Paranaguá, no atual estado do Paraná. Nessas localidades, verificou-se um breve surto de mineração que ocasionou a formação das "faiscações", isto é, de empreendimentos voltados para a procura de faíscas de ouro.

($\quad$) A necessidade de enfrentar longas distâncias com o objetivo de capturar índios para o trabalho na lavoura comercial do planalto paulista. É o que nos permite compreender a ampla presença de paulistas na região do Guairá, no atual estado do Paraná, bem como os deslocamentos até a região do Araguaia e mesmo até Belém, como se verificou com a bandeira comandada por Raposo Tavares.

($\quad$) A resistência aos ataques promovidos pelos paulistas às missões jesuíticas, a qual implicou a remoção das missões restantes para a região onde hoje se encontra o Uruguai e a constituição de grupos de guerreiros indígenas.

"(...) Na sexta-feira (7 de abril) foram de novo prestadas homenagens ao conde, as quais eram feitas por esta ordem, em expressão de fidelidade e garantia. Primeiro prestaram homenagem desta maneira: o conde perguntou (ao vassalo) se ele desejava tornar-se o seu homem, sem reservas, ele respondeu: Quero; então, tendo juntas as mãos, colocou-as entre as mãos do conde e aliaram-se por beijo. Em segundo lugar, aquele que havia prestado homenagem jurou fidelidade ao porta-voz do conde, com estas palavras: Comprometo-me por minha fé a ser fiel daqui por diante ao conde Guilherme e a cumprir integralmente a minha homenagem, de boa-fé e sem dolo, contra todos; e, em terceiro lugar, jurou o mesmo sobre as relíquias dos santos."

(Galberto Brugense. Vita Karoli Comitis Flandriae. Monumenta Germanica Historica. Scriptores, apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média. São Paulo: Editora da UNESP, 2000. p. 96.)

As relações feudo-vassálicas representam o sistema feudal, caracterizando-se pela vinculação pessoal entre um senhor e seu vassalo. Ainda que haja inúmeras variantes regionais da aplicação desse modelo sociopolítico, os elementos que as compõem e a natureza das vinculações mantêm-se as mesmas. Sobre esse modelo, é correto afirmar:

($\quad$) As relações feudo-vassálicas explicam as intensas atividades comerciais estabelecidas entre senhores feudais e a aristocracia guerreira.

($\quad$) O vínculo vassálico que une um senhor a seu vassalo constitui uma iniciativa de estruturação, controle e unidade dos grupos privilegiados.

($\quad$) O senhor cobra do vassalo fidelidade e serviço e oferece em troca proteção e benefício.

($\quad$) O feudo constitui um dos elementos fundamentais da relação feudo-vassálica e materializa o benefitium que o senhor oferece ao vassalo em troca de sua fidelidade.

($\quad$) As relações feudo-vassálicas envolvem um senhor, que é sempre poderoso, de preferência um conde, e um vassalo, servo de seu senhorio.

Mais do que uma simples vitória nas urnas, a eleição de Luís Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), para presidente da República, em 15 de novembro de 2002, apresenta-se como um fato inédito na história do Brasil, a saber, a chegada ao poder de um líder operário de esquerda. Entretanto, a divisão, na política, entre posições de esquerda e de direita não se limita à política brasileira. Essas posições podem ser distinguidas desde a "Revolução Gloriosa", ocorrida na Inglaterra, no século XVII. Sobre tal tradição, é correto afirmar:

($\quad$) No início, a esquerda lutou contra os governos monárquicos, absolutistas e aristocráticos, em favor de governos constitucionais.

($\quad$) Ao longo de praticamente todo o século XIX, o movimento operário foi a principal força política de esquerda a lutar pela ampliação dos direitos civis, políticos e sociais.

($\quad$) Com a Revolução Russa, a socialdemocracia experimenta, pela primeira vez, a gestão da máquina governamental, unificando os interesses das classes médias e da classe trabalhadora.

($\quad$) Na década de 60 do século XX, as bases sociais da esquerda foram ampliadas, bem como suas demandas: o movimento estudantil, o movimento feminista e o movimento

($\quad$) Nos dias atuais, entre outras questões, a esquerda se opõe ao neoliberalismo, reivindicando uma maior presença do Estado como instrumento de distribuição da riqueza, colocando-se, portanto, contra a lógica do livre mercado. Essa tendência explica, em boa medida, a oposição do PT a Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), cuja ação política favoreceu o processo de privatizações de diversas empresas estatais.

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