UEL 2002 - Questões

Filtro de Questões
Selecione uma disciplina antes de escolher o assunto

Abrir Opções Avançadas

Filtrar por resolução:

O ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, 60 anos, tem quase quatro décadas como diplomata. Habituou-se à fala calma e aos gestos contidos. É desse modo que aborda o tema mais polêmico de sua pasta atualmente: o acordo do Brasil com os Estados Unidos segundo o qual as empresas americanas poderão usar a base aeroespacial de Alcântara, no Maranhão, para pôr seus satélites em órbita. Mas, por trás da fachada diplomática, Sardenberg anda furioso. Por defender o acordo com os americanos, que a oposição no Congresso combate sob a alegação de que fere a soberania nacional, Sardenberg tem sido acusado de entreguista e impatriótico. “Repilo energicamente esse tipo de acusação”, diz o ministro, que se classifica como um “nacionalista”. Para ele, o acordo com os Estados Unidos é bom para o Brasil – e servirá como uma importante alavanca para que o país entre no competitivo e bilionário mercado aeroespacial.

(Veja, 12 set. 2001.)

“É desse modo que aborda o tema mais polêmico de sua pasta atualmente ...”

A expressão desse modo, no início do texto, refere-se


Trata-se do parágrafo introdutório de um livro de Alba Zaluar sobre a violência urbana no Rio de Janeiro.

O lugar não importa. Pode ser qualquer um, contanto que seja pobre e marginal a esta outrora encantadora cidade. Nele fiquei mais de um ano convivendo e conversando com os supostos agentes da violência urbana. Alguns por serem simples moradores do lugar. Pois o que é para nós, além de um grande medo, assunto jornalístico, para eles é nódoa contra a qual têm que lutar diariamente, até com eles próprios na frente do espelho que certa imprensa lhes montou. Mais um estigma que, na pressa de descobrir os culpados alhures, se lhes impôs. Outros porque realmente traficam, assaltam e fazem uso da arma de fogo. Eu os vi, observei, escutei e deles ouvi contar muitas estórias. Durante todo esse tempo ouvi também explicações, ou seja, tentativas de encaixar o que para eles pode vir a ser uma terrível tragédia pessoal numa lógica qualquer, na ordem das coisas deste mundo. É claro. Todo mundo sabe o fim dos bandidos pobres: morrer antes dos 25 anos. E ninguém quer ver seu filho, seu irmão, seu parente ou seu vizinho com este destino, embora haja quem acredite que este caminho não é escolha, é sina. Talvez seja o modo que encontram para dizer que as condições em que vivem os levam forçosamente a agir assim.

ZALUAR, Alba. Condomínio do diabo. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1994. p. 7.

No texto, a expressão “na frente do espelho que certa im prensa lhes montou” refere-se


Desde os anos 70, quando os partidos verdes começaram a despontar na Europa e o Greenpeace surgiu para protestar contra testes nucleares, o movimento ambientalista nunca foi seriamente questionado em sua sacrossanta missão de salvar a Terra. Nem havia por quê: os dados da tragédia — florestas desaparecendo, espécies se extinguindo a rodo e os mares subindo devido ao efeito estufa — pipocam nos noticiários para dizer que a humanidade está destruindo o planeta. Ninguém em sã consciência (salvo um ou outro presidente dos EUA) poderia ser contra os cuidados com a combalida saúde global.

Nada mais normal, portanto, do que reagir com incredulidade a qualquer um que venha dizer que o planeta nunca esteve tão bem, obrigado, e que um futuro radiante aguarda a humanidade, mesmo depois de todos os seus pecados contra a Mãe Natureza. Mas é justamente disso que o dinamarquês Bjorn Lomborg tenta (e, até certo ponto, consegue) convencer o leitor em The Skeptical Environmentalist. As coisas estão melhorando. E o fim do mundo não está próximo.

O livro de Lomborg cumpre a saudável tarefa de destoar ao dessacralizar as ONGs ecológicas. Ao caracterizá-las — não sem um certo exagero — como mais um grupo de lobby brigando por verbas, o autor quebra um tabu e abre um debate que, para a maior parte das pessoas, ainda soa algo herético. (...)

(ANGELO, Claudio. Folha de S. Paulo, 26 jun. 2001. Caderno Mais!)

O texto apresenta várias opiniões. Assinale a alternativa em que a correspondência entre a opinião e seu detentor é correta.


Indique a alternativa em que a concordância foi feita segundo as normas do português escrito.


Assinale a alternativa em que todas as palavras são formadas por prefixos com significação semelhante.


Carregando...