O ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, 60 anos, tem quase quatro décadas como diplomata. Habituou-se à fala calma e aos gestos contidos. É desse modo que aborda o tema mais polêmico de sua pasta atualmente: o acordo do Brasil com os Estados Unidos segundo o qual as empresas americanas poderão usar a base aeroespacial de Alcântara, no Maranhão, para pôr seus satélites em órbita. Mas, por trás da fachada diplomática, Sardenberg anda furioso. Por defender o acordo com os americanos, que a oposição no Congresso combate sob a alegação de que fere a soberania nacional, Sardenberg tem sido acusado de entreguista e impatriótico. “Repilo energicamente esse tipo de acusação”, diz o ministro, que se classifica como um “nacionalista”. Para ele, o acordo com os Estados Unidos é bom para o Brasil – e servirá como uma importante alavanca para que o país entre no competitivo e bilionário mercado aeroespacial.
(Veja, 12 set. 2001.)
“É desse modo que aborda o tema mais polêmico de sua pasta atualmente ...”
A expressão desse modo, no início do texto, refere-se