O elemento Plutônio- é utilizado para a geração de eletricidade em sondas espaciais. Fundamenta-se essa utilização porque esse isótopo tem
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A questão pode parecer complexa, mas na realidade ela só requer um pouco de interpretação - isto é, a análise qualitativa da situação. Comecemos por perceber que estamos tratando de produzir eletricidade, grosso modo, energia; muita por sinal, visto que queremos abastecer uma sonda. Além disso, esta energia provém do decaimento de um isótopo do plutônio, logo, o tempo de meia-vida $\text{não pode ser curto}$; caso contrário, a sonda funcionaria por pouco tempo, pois o combustível seria degradado rapidamente. (O que obviamente não é de interesse, já que um sonda espacial deve orbitar por décadas.) Com isso em mente, já constatamos:\begin{matrix}
\text{O isótopo possui meia-vida longa - (décadas de existência)}
\end{matrix}Agora, ele deve ser o emissor de quais partículas? Ora, com certeza aquela que fornece mais energia, visto que a intenção do decaimento é justamente essa. Como resultado, a partícula emitida deve ser a $\text{alfa}$, já que ela possui a maior quantidade de massa e prótons na emissão (lembre-se da equivalência $\text{massa-energia}$). Portanto,\begin{matrix}
\text{O isótopo é emissor de partículas alfa}
\end{matrix}\begin{matrix}Letra \ (C)
\end{matrix}$• \ \text{Comentário:}$ Esta é uma questão extremamente rica em termos de conteúdo, então vale a pena citar mais algumas coisas. Vamos esmiuçar mais um pouco o problema, pense na emissão das demais partículas, há algum motivo a mais para elas não serem de interesse? Sim, diferente da partícula alfa as demais possuem alta penetrabilidade, ou seja, são capazes de penetrar e até transpor diversos materiais, logo, são difíceis de manusear e muito mais perigosas.
Outro ponto importante é a relação neutróns-prótons, pois para núcleos pesados (maiores que $200\pu{u}$) a emissão é predominantemente alfa quando a razão $N/Z >1,5$. É interessante aqui conhecer o $\text{Cinturão de Estabilidade}$ (figura abaixo), mas a justificativa é simples: núcleos pesados apresentam muita repulsão devido a larga presença de prótons, por isso, a emissão da partícula alpha ajuda a estabilizar o núcleo.
Por fim, há um último ponto - que eu acho válido - citar, este é a relação entre o tempo de meia-vida e a energia emitida por partículas alfas entre isótopos. No caso, isótopos com tempos de meia-vida mais curtos emitem mais energia, conforme a $\text{Lei Geiger-Nuttall}$ - explanar mais sobre isso foge muito do escopo do ensino médio, mas você está livre para pesquisar.

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