Pensar em semicondutores de tipo-p é pensar em "vazios positivos", pois estes são responsáveis pela semicondutividade. No caso, o processo de dopagem do tipo-p advém principalmente de espécies do grupo $\text{IIIA}$, como boro, alumínio, gálio ou índio. Neste processo, uma das espécies citadas acaba por ocupar uma posição no cristal semicondutor que antes era da espécie semicondutora - espécie essa que apresenta maior valência que o dopante. Dessa forma, devido a menor valência do dopante, isto é, menor número de elétrons, desenvolve-se "vazios eletrônicos" ou simplesmente vazios. Sob a influência de um campo elétrico, um elétron pode "cair" no vazio e anulá-lo, com isso, é criado um novo vazio - o lugar ao qual o elétron se deslocou. Por isso, dizemos "vazios positivos", já que o vazio se move através do retículo cristalino como se fosse uma partícula positiva, promovendo a semicondutividade.\begin{matrix}Letra \ (A) \end{matrix}$\color{orangered}{\text{Obs:}}$ Uma analogia normalmente usada é a de um colar de pérolas. Ao passo que removemos uma pérola, criamos um vazio, assim, ao movermos uma pérola para um lado, teremos a impressão de que o vazio se movimentou para o outro. Desse modo, segue a ideia do movimento de um vazio num semicondutor tipo-p.