UNESP 2014 Português - Questões

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Tome por base um poema satírico do poeta português João de Deus (1830-1896).

Ossos do ofício

Uma vez uma besta do tesouro, Uma besta fiscal, Ia de volta para a capital, Carregada de cobre, prata e ouro; E no caminho Encontra-se com outra carregada De cevada,
Que ia para o moinho.

Passa-lhe logo adiante Largo espaço, Coleando arrogante E a cada passo Repicando a choquilha
Que se ouvia distante.

Mas salta uma quadrilha De ladrões, Como leões, E qual mais presto Se lhe agarra ao cabresto. Ela reguinga, dá uma sacada Já cuidando Que desfazia o bando; Mas, coitada! Foi tanta a bordoada, Ah! que exclamava enfim A besta oficial: - Nunca imaginei tal! Tratada assim Uma besta real!... Mas aquela que vinha atrás de mim,
Por que a não tratais mal?

“Minha amiga, cá vou no meu sossego, Tu tens um belo emprego! Tu sustentas-te a fava, e eu a troços!
Tu lá serves el-rei, e eu um moleiro!

Ossos do ofício, que o não há sem ossos.”

(Campo de flores, s/d.)

A leitura da primeira estrofe sugere que a besta fiscal estava carregada de


Tome por base um poema satírico do poeta português João de Deus (1830-1896).

Ossos do ofício

Uma vez uma besta do tesouro, Uma besta fiscal, Ia de volta para a capital, Carregada de cobre, prata e ouro; E no caminho Encontra-se com outra carregada De cevada,
Que ia para o moinho.

Passa-lhe logo adiante Largo espaço, Coleando arrogante E a cada passo Repicando a choquilha
Que se ouvia distante.

Mas salta uma quadrilha De ladrões, Como leões, E qual mais presto Se lhe agarra ao cabresto. Ela reguinga, dá uma sacada Já cuidando Que desfazia o bando; Mas, coitada! Foi tanta a bordoada, Ah! que exclamava enfim A besta oficial: - Nunca imaginei tal! Tratada assim Uma besta real!... Mas aquela que vinha atrás de mim,
Por que a não tratais mal?

“Minha amiga, cá vou no meu sossego, Tu tens um belo emprego! Tu sustentas-te a fava, e eu a troços!
Tu lá serves el-rei, e eu um moleiro!

Ossos do ofício, que o não há sem ossos.”

(Campo de flores, s/d.)

Empregada na segunda estrofe, a palavra choquilha não é registrada em alguns dicionários. No entanto, pelo contexto dessa estrofe, sobretudo pela presença da forma verbal repicando, torna-se possível verificar que significa


Tome por base um poema satírico do poeta português João de Deus (1830-1896).

Ossos do ofício

Uma vez uma besta do tesouro, Uma besta fiscal, Ia de volta para a capital, Carregada de cobre, prata e ouro; E no caminho Encontra-se com outra carregada De cevada,
Que ia para o moinho.

Passa-lhe logo adiante Largo espaço, Coleando arrogante E a cada passo Repicando a choquilha
Que se ouvia distante.

Mas salta uma quadrilha De ladrões, Como leões, E qual mais presto Se lhe agarra ao cabresto. Ela reguinga, dá uma sacada Já cuidando Que desfazia o bando; Mas, coitada! Foi tanta a bordoada, Ah! que exclamava enfim A besta oficial: - Nunca imaginei tal! Tratada assim Uma besta real!... Mas aquela que vinha atrás de mim,
Por que a não tratais mal?

“Minha amiga, cá vou no meu sossego, Tu tens um belo emprego! Tu sustentas-te a fava, e eu a troços!
Tu lá serves el-rei, e eu um moleiro!

Ossos do ofício, que o não há sem ossos.”

(Campo de flores, s/d.)

Na terceira estrofe, com relação à oração principal do período de que faz parte, a oração que exclamava enfim expressa


Tome por base um poema satírico do poeta português João de Deus (1830-1896).

Ossos do ofício

Uma vez uma besta do tesouro, Uma besta fiscal, Ia de volta para a capital, Carregada de cobre, prata e ouro; E no caminho Encontra-se com outra carregada De cevada,
Que ia para o moinho.

Passa-lhe logo adiante Largo espaço, Coleando arrogante E a cada passo Repicando a choquilha
Que se ouvia distante.

Mas salta uma quadrilha De ladrões, Como leões, E qual mais presto Se lhe agarra ao cabresto. Ela reguinga, dá uma sacada Já cuidando Que desfazia o bando; Mas, coitada! Foi tanta a bordoada, Ah! que exclamava enfim A besta oficial: - Nunca imaginei tal! Tratada assim Uma besta real!... Mas aquela que vinha atrás de mim,
Por que a não tratais mal?

“Minha amiga, cá vou no meu sossego, Tu tens um belo emprego! Tu sustentas-te a fava, e eu a troços!
Tu lá serves el-rei, e eu um moleiro!

Ossos do ofício, que o não há sem ossos.”

(Campo de flores, s/d.)

Considerando que a sátira se apresenta sob forma de fábula, com personagens animais assumindo modos de agir e pensar tipicamente humanos, verifica-se que a atitude da besta real em relação à outra traduz um preconceito de


Tome por base um poema satírico do poeta português João de Deus (1830-1896).

Ossos do ofício

Uma vez uma besta do tesouro, Uma besta fiscal, Ia de volta para a capital, Carregada de cobre, prata e ouro; E no caminho Encontra-se com outra carregada De cevada,
Que ia para o moinho.

Passa-lhe logo adiante Largo espaço, Coleando arrogante E a cada passo Repicando a choquilha
Que se ouvia distante.

Mas salta uma quadrilha De ladrões, Como leões, E qual mais presto Se lhe agarra ao cabresto. Ela reguinga, dá uma sacada Já cuidando Que desfazia o bando; Mas, coitada! Foi tanta a bordoada, Ah! que exclamava enfim A besta oficial: - Nunca imaginei tal! Tratada assim Uma besta real!... Mas aquela que vinha atrás de mim,
Por que a não tratais mal?

“Minha amiga, cá vou no meu sossego, Tu tens um belo emprego! Tu sustentas-te a fava, e eu a troços!
Tu lá serves el-rei, e eu um moleiro!

Ossos do ofício, que o não há sem ossos.”

(Campo de flores, s/d.)

Na última estrofe, o comentário da besta que ia para o moinho corresponde à moral da fábula e equivale, no contexto, ao provérbio:


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