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Nada mais importante para chamar a atenção sobre uma verdade (8) do que exagerá-la. Mas (1) também, nada mais perigoso, ________ um dia vem a (5) reação (11) indispensável (6) e a relega injustamente para a categoria do erro, até que se efetue a operação difícil de chegar (14) a um ponto de vista objetivo, sem desfigurá-la (7) de um lado nem de outro. É o que tem ocorrido com o estudo da relação entre a obra e o seu condicionamento social, que a certa altura chegou a ser vista como chave (19) para compreendê-la, depois foi rebaixada (15) como falha de visão, - e talvez só agora comece a ser proposta nos devidos termos. (25)

De fato (2), antes se procurava mostrar que o valor e o significado de uma obra dependiam de ela exprimir (22) ou não certo aspecto da realidade, e que este aspecto constituía o que ela tinha de essencial. Depois, chegou-se à posição oposta, procurando-se mostrar que a matéria de uma obra é secundária, e que a sua importância deriva das operações formais postas em jogo, conferindo-lhe uma peculiaridade que a torna de fato independente de quaisquer (12) condicionamentos, sobretudo social, considerado inoperante como elemento de compreensão. Hoje (26) sabemos que a integridade da obra não permite adotar nenhuma (20) dessas visões ________; e que só a podemos entender fundindo texto e contexto numa interpretação dialeticamente (27) íntegra, em que tanto o velho ponto de vista que explicava (23) pelos fatores externos (24), quanto o outro, norteado pela convicção (17) de que a estrutura é virtualmente independente, se combinam como momentos necessários (21) do processo interpretativo. Sabemos, ainda, que o externo (10) (no caso, o social) importa, não como causa, nem como significado, mas como elemento que desempenha certo papel na constituição da estrutura, tornando-se (9), portanto (3), interno.

Neste caso, saímos dos aspectos periféricos da sociologia, ou da história sociologicamente orientada, para chegar a uma interpretação estética que assimilou a dimensão social como fator de arte. Quando isto se dá, ocorre o paradoxo (13) assinalado inicialmente: o externo se torna interno e a crítica deixa de ser sociológica, para ser apenas crítica. Segundo esta ordem de ideias, o ângulo sociológico adquire uma validade maior do que tinha. Em ________, não pode mais ser imposto como critério único, ou mesmo preferencial, pois (4) a importância de cada fator depende do caso a ser analisado. Uma crítica que se queira integral deve deixar (16) de ser unilateralmente sociológica, psicológica ou linguística (18), para utilizar livremente os elementos capazes de conduzirem a uma interpretação coerente.

(Adaptado de: CANDIDO, Antônio. Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.)

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.


Nada mais importante para chamar a atenção sobre uma verdade (8) do que exagerá-la. Mas (1) também, nada mais perigoso, ________ um dia vem a (5) reação (11) indispensável (6) e a relega injustamente para a categoria do erro, até que se efetue a operação difícil de chegar (14) a um ponto de vista objetivo, sem desfigurá-la (7) de um lado nem de outro. É o que tem ocorrido com o estudo da relação entre a obra e o seu condicionamento social, que a certa altura chegou a ser vista como chave (19) para compreendê-la, depois foi rebaixada (15) como falha de visão, - e talvez só agora comece a ser proposta nos devidos termos. (25)

De fato (2), antes se procurava mostrar que o valor e o significado de uma obra dependiam de ela exprimir (22) ou não certo aspecto da realidade, e que este aspecto constituía o que ela tinha de essencial. Depois, chegou-se à posição oposta, procurando-se mostrar que a matéria de uma obra é secundária, e que a sua importância deriva das operações formais postas em jogo, conferindo-lhe uma peculiaridade que a torna de fato independente de quaisquer (12) condicionamentos, sobretudo social, considerado inoperante como elemento de compreensão. Hoje (26) sabemos que a integridade da obra não permite adotar nenhuma (20) dessas visões ________; e que só a podemos entender fundindo texto e contexto numa interpretação dialeticamente (27) íntegra, em que tanto o velho ponto de vista que explicava (23) pelos fatores externos (24), quanto o outro, norteado pela convicção (17) de que a estrutura é virtualmente independente, se combinam como momentos necessários (21) do processo interpretativo. Sabemos, ainda, que o externo (10) (no caso, o social) importa, não como causa, nem como significado, mas como elemento que desempenha certo papel na constituição da estrutura, tornando-se (9), portanto (3), interno.

Neste caso, saímos dos aspectos periféricos da sociologia, ou da história sociologicamente orientada, para chegar a uma interpretação estética que assimilou a dimensão social como fator de arte. Quando isto se dá, ocorre o paradoxo (13) assinalado inicialmente: o externo se torna interno e a crítica deixa de ser sociológica, para ser apenas crítica. Segundo esta ordem de ideias, o ângulo sociológico adquire uma validade maior do que tinha. Em ________, não pode mais ser imposto como critério único, ou mesmo preferencial, pois (4) a importância de cada fator depende do caso a ser analisado. Uma crítica que se queira integral deve deixar (16) de ser unilateralmente sociológica, psicológica ou linguística (18), para utilizar livremente os elementos capazes de conduzirem a uma interpretação coerente.

(Adaptado de: CANDIDO, Antônio. Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.)

Assinale a afirmação que está de acordo com a argumentação defendida pelo autor no texto.


Nada mais importante para chamar a atenção sobre uma verdade (8) do que exagerá-la. Mas (1) também, nada mais perigoso, ________ um dia vem a (5) reação (11) indispensável (6) e a relega injustamente para a categoria do erro, até que se efetue a operação difícil de chegar (14) a um ponto de vista objetivo, sem desfigurá-la (7) de um lado nem de outro. É o que tem ocorrido com o estudo da relação entre a obra e o seu condicionamento social, que a certa altura chegou a ser vista como chave (19) para compreendê-la, depois foi rebaixada (15) como falha de visão, - e talvez só agora comece a ser proposta nos devidos termos. (25)

De fato (2), antes se procurava mostrar que o valor e o significado de uma obra dependiam de ela exprimir (22) ou não certo aspecto da realidade, e que este aspecto constituía o que ela tinha de essencial. Depois, chegou-se à posição oposta, procurando-se mostrar que a matéria de uma obra é secundária, e que a sua importância deriva das operações formais postas em jogo, conferindo-lhe uma peculiaridade que a torna de fato independente de quaisquer (12) condicionamentos, sobretudo social, considerado inoperante como elemento de compreensão. Hoje (26) sabemos que a integridade da obra não permite adotar nenhuma (20) dessas visões ________; e que só a podemos entender fundindo texto e contexto numa interpretação dialeticamente (27) íntegra, em que tanto o velho ponto de vista que explicava (23) pelos fatores externos (24), quanto o outro, norteado pela convicção (17) de que a estrutura é virtualmente independente, se combinam como momentos necessários (21) do processo interpretativo. Sabemos, ainda, que o externo (10) (no caso, o social) importa, não como causa, nem como significado, mas como elemento que desempenha certo papel na constituição da estrutura, tornando-se (9), portanto (3), interno.

Neste caso, saímos dos aspectos periféricos da sociologia, ou da história sociologicamente orientada, para chegar a uma interpretação estética que assimilou a dimensão social como fator de arte. Quando isto se dá, ocorre o paradoxo (13) assinalado inicialmente: o externo se torna interno e a crítica deixa de ser sociológica, para ser apenas crítica. Segundo esta ordem de ideias, o ângulo sociológico adquire uma validade maior do que tinha. Em ________, não pode mais ser imposto como critério único, ou mesmo preferencial, pois (4) a importância de cada fator depende do caso a ser analisado. Uma crítica que se queira integral deve deixar (16) de ser unilateralmente sociológica, psicológica ou linguística (18), para utilizar livremente os elementos capazes de conduzirem a uma interpretação coerente.

(Adaptado de: CANDIDO, Antônio. Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.)

Considere as seguintes afirmações sobre a síntese de cada parágrafo do texto.

  1. I. O primeiro parágrafo situa a problemática relacionada à relação da obra com o seu condicionamento social, com a apresentação de duas posições.

  2. II. O segundo parágrafo apresenta os modos de abordagem da relação entre a obra e a realidade, constituídos no tempo.

  3. III. O terceiro parágrafo procura separar as diferentes posições acerca da análise literária para inserir a relação entre obra e realidade como um fator de arte.

Quais estão de acordo com o texto?


Nada mais importante para chamar a atenção sobre uma verdade (8) do que exagerá-la. Mas (1) também, nada mais perigoso, ________ um dia vem a (5) reação (11) indispensável (6) e a relega injustamente para a categoria do erro, até que se efetue a operação difícil de chegar (14) a um ponto de vista objetivo, sem desfigurá-la (7) de um lado nem de outro. É o que tem ocorrido com o estudo da relação entre a obra e o seu condicionamento social, que a certa altura chegou a ser vista como chave (19) para compreendê-la, depois foi rebaixada (15) como falha de visão, - e talvez só agora comece a ser proposta nos devidos termos. (25)

De fato (2), antes se procurava mostrar que o valor e o significado de uma obra dependiam de ela exprimir (22) ou não certo aspecto da realidade, e que este aspecto constituía o que ela tinha de essencial. Depois, chegou-se à posição oposta, procurando-se mostrar que a matéria de uma obra é secundária, e que a sua importância deriva das operações formais postas em jogo, conferindo-lhe uma peculiaridade que a torna de fato independente de quaisquer (12) condicionamentos, sobretudo social, considerado inoperante como elemento de compreensão. Hoje (26) sabemos que a integridade da obra não permite adotar nenhuma (20) dessas visões ________; e que só a podemos entender fundindo texto e contexto numa interpretação dialeticamente (27) íntegra, em que tanto o velho ponto de vista que explicava (23) pelos fatores externos (24), quanto o outro, norteado pela convicção (17) de que a estrutura é virtualmente independente, se combinam como momentos necessários (21) do processo interpretativo. Sabemos, ainda, que o externo (10) (no caso, o social) importa, não como causa, nem como significado, mas como elemento que desempenha certo papel na constituição da estrutura, tornando-se (9), portanto (3), interno.

Neste caso, saímos dos aspectos periféricos da sociologia, ou da história sociologicamente orientada, para chegar a uma interpretação estética que assimilou a dimensão social como fator de arte. Quando isto se dá, ocorre o paradoxo (13) assinalado inicialmente: o externo se torna interno e a crítica deixa de ser sociológica, para ser apenas crítica. Segundo esta ordem de ideias, o ângulo sociológico adquire uma validade maior do que tinha. Em ________, não pode mais ser imposto como critério único, ou mesmo preferencial, pois (4) a importância de cada fator depende do caso a ser analisado. Uma crítica que se queira integral deve deixar (16) de ser unilateralmente sociológica, psicológica ou linguística (18), para utilizar livremente os elementos capazes de conduzirem a uma interpretação coerente.

(Adaptado de: CANDIDO, Antônio. Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.)

Considere as seguintes propostas de substituição de nexos do texto e assinale com 1 aquelas que mantêm o sentido do texto e com 2 aquelas que alteram.

($\quad$) Mas (1) por sobretudo.

($\quad$) De fato (2) por No entanto.

($\quad$) portanto (3) por todavia.

($\quad$) pois (4) por porque.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é


Nada mais importante para chamar a atenção sobre uma verdade (8) do que exagerá-la. Mas (1) também, nada mais perigoso, ________ um dia vem a (5) reação (11) indispensável (6) e a relega injustamente para a categoria do erro, até que se efetue a operação difícil de chegar (14) a um ponto de vista objetivo, sem desfigurá-la (7) de um lado nem de outro. É o que tem ocorrido com o estudo da relação entre a obra e o seu condicionamento social, que a certa altura chegou a ser vista como chave (19) para compreendê-la, depois foi rebaixada (15) como falha de visão, - e talvez só agora comece a ser proposta nos devidos termos. (25)

De fato (2), antes se procurava mostrar que o valor e o significado de uma obra dependiam de ela exprimir (22) ou não certo aspecto da realidade, e que este aspecto constituía o que ela tinha de essencial. Depois, chegou-se à posição oposta, procurando-se mostrar que a matéria de uma obra é secundária, e que a sua importância deriva das operações formais postas em jogo, conferindo-lhe uma peculiaridade que a torna de fato independente de quaisquer (12) condicionamentos, sobretudo social, considerado inoperante como elemento de compreensão. Hoje (26) sabemos que a integridade da obra não permite adotar nenhuma (20) dessas visões ________; e que só a podemos entender fundindo texto e contexto numa interpretação dialeticamente (27) íntegra, em que tanto o velho ponto de vista que explicava (23) pelos fatores externos (24), quanto o outro, norteado pela convicção (17) de que a estrutura é virtualmente independente, se combinam como momentos necessários (21) do processo interpretativo. Sabemos, ainda, que o externo (10) (no caso, o social) importa, não como causa, nem como significado, mas como elemento que desempenha certo papel na constituição da estrutura, tornando-se (9), portanto (3), interno.

Neste caso, saímos dos aspectos periféricos da sociologia, ou da história sociologicamente orientada, para chegar a uma interpretação estética que assimilou a dimensão social como fator de arte. Quando isto se dá, ocorre o paradoxo (13) assinalado inicialmente: o externo se torna interno e a crítica deixa de ser sociológica, para ser apenas crítica. Segundo esta ordem de ideias, o ângulo sociológico adquire uma validade maior do que tinha. Em ________, não pode mais ser imposto como critério único, ou mesmo preferencial, pois (4) a importância de cada fator depende do caso a ser analisado. Uma crítica que se queira integral deve deixar (16) de ser unilateralmente sociológica, psicológica ou linguística (18), para utilizar livremente os elementos capazes de conduzirem a uma interpretação coerente.

(Adaptado de: CANDIDO, Antônio. Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.)

Considere as seguintes afirmações sobre o uso de pronomes no texto.

  1. I. O pronome a (5) faz referência à
    expressão a reação indispensável
    (6).

  2. II. A forma pronominal la (7) faz
    referência à expressão uma verdade
    (8).

  3. III. O pronome se (9) faz referência à
    expressão o externo (10).

Quais das afirmações acima estão corretas?


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