UFRGS 2005 Português - Questões

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O cérebro e a memória

Como se formam lembranças no cérebro de um bebê? Por que uma melodia romântica pode disparar sensações tão agradáveis (2)? Por que não conseguimos nos lembrar do que aconteceu conosco antes dos três anos de idade?

Lembrar não implica apenas arquivamento de informações. É difícil perceber, mas precisamos da memória para atribuir sentido ________ experiências vivenciadas e conectá-las com outras. Não notamos,mas precisamos da memória também, por exemplo, para associar (3) ________ bicicleta caída ________ um tombo que levamos ou para acertar o trajeto da cozinha ________ sala.

Na infância, quando aprendemos a andar, há uma explosão de conexões entre as células cerebrais. Cada experiência, por mais trivial (4) que seja, imprime uma marca no cérebro, formando um circuito entre neurônios. Já as memórias que perdem o interesse vão sendo descartadas. Essa constante transformação do cérebro impede que haja duas pessoas iguais no mundo (8).

Uma curiosidade da memória é a seleção. Convenhamos: armazenar tudo seria tão inútil quanto não guardar nada. Então (9), para não se sobrecarregar, o cérebro é sábio. Divide as tarefas e usa tipos diferentes de memória. Para entender e escrever o que se ouve ou se lê, usa-se uma memória descartável. Essa é a memória de trabalho (1). O cérebro sabe que não precisa guardar informações corriqueiras por muito tempo. Por isso, reserva espaço para a memória de longa duração. Dessa forma, o cérebro escolhe o que vai formar (5) nossa bagagem de experiências.

Algumas lembranças, entretanto, parecem emergir (6) do nada: uma música pode reacender (7) as sensações de um jantar romântico. Nesse caso, o cérebro associou a melodia ao rosto, ao cheiro, ao nome de uma pessoa. Naquele momento, neurônios formaram conexões para reconhecer todos os detalhes (10). A imagem foi montada pelo córtex visual; o perfume foi reconhecido no córtex olfativo; a música e as emoções do momento foram registradas em outras áreas do cérebro.

Mesmo finda a sequência, a cena ainda não estará completamente arquivada (11). As informações, frescas, precisam passar pelo hipocampo, que, como uma cola, reforçará cada elo do circuito de neurônios. Uma interrupção pode, inclusive, causar a desgravação ou a não gravação. Por isso, depois de um acidente de carro, por exemplo, a vítima esquece os momentos imediatamente anteriores à batida. Um trauma interrompeu uma fase de gravação.

Uma vez fixado, um circuito de neurônios pode ficar no cérebro por décadas. Por isso, tempos depois, num bar, distraído, você ouve aquela música e pronto! Uma coisa puxa a outra e será o suficiente para reativar todo o circuito. Aliás, a lembrança pode ser até mais agradável do que foi o acontecimento real.

(Adaptado de: VARELLA, Dráuzio. O cérebro e a mente (Série Cérebro, a máquina). Disponível em: )

Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas.


O cérebro e a memória

Como se formam lembranças no cérebro de um bebê? Por que uma melodia romântica pode disparar sensações tão agradáveis (2)? Por que não conseguimos nos lembrar do que aconteceu conosco antes dos três anos de idade?

Lembrar não implica apenas arquivamento de informações. É difícil perceber, mas precisamos da memória para atribuir sentido ________ experiências vivenciadas e conectá-las com outras. Não notamos,mas precisamos da memória também, por exemplo, para associar (3) ________ bicicleta caída ________ um tombo que levamos ou para acertar o trajeto da cozinha ________ sala.

Na infância, quando aprendemos a andar, há uma explosão de conexões entre as células cerebrais. Cada experiência, por mais trivial (4) que seja, imprime uma marca no cérebro, formando um circuito entre neurônios. Já as memórias que perdem o interesse vão sendo descartadas. Essa constante transformação do cérebro impede que haja duas pessoas iguais no mundo (8).

Uma curiosidade da memória é a seleção. Convenhamos: armazenar tudo seria tão inútil quanto não guardar nada. Então (9), para não se sobrecarregar, o cérebro é sábio. Divide as tarefas e usa tipos diferentes de memória. Para entender e escrever o que se ouve ou se lê, usa-se uma memória descartável. Essa é a memória de trabalho (1). O cérebro sabe que não precisa guardar informações corriqueiras por muito tempo. Por isso, reserva espaço para a memória de longa duração. Dessa forma, o cérebro escolhe o que vai formar (5) nossa bagagem de experiências.

Algumas lembranças, entretanto, parecem emergir (6) do nada: uma música pode reacender (7) as sensações de um jantar romântico. Nesse caso, o cérebro associou a melodia ao rosto, ao cheiro, ao nome de uma pessoa. Naquele momento, neurônios formaram conexões para reconhecer todos os detalhes (10). A imagem foi montada pelo córtex visual; o perfume foi reconhecido no córtex olfativo; a música e as emoções do momento foram registradas em outras áreas do cérebro.

Mesmo finda a sequência, a cena ainda não estará completamente arquivada (11). As informações, frescas, precisam passar pelo hipocampo, que, como uma cola, reforçará cada elo do circuito de neurônios. Uma interrupção pode, inclusive, causar a desgravação ou a não gravação. Por isso, depois de um acidente de carro, por exemplo, a vítima esquece os momentos imediatamente anteriores à batida. Um trauma interrompeu uma fase de gravação.

Uma vez fixado, um circuito de neurônios pode ficar no cérebro por décadas. Por isso, tempos depois, num bar, distraído, você ouve aquela música e pronto! Uma coisa puxa a outra e será o suficiente para reativar todo o circuito. Aliás, a lembrança pode ser até mais agradável do que foi o acontecimento real.

(Adaptado de: VARELLA, Dráuzio. O cérebro e a mente (Série Cérebro, a máquina). Disponível em: )

Assinale com V (verdadeiro) as afirmações que estão de acordo com o texto e com F (falso) as que não concordam com o que nele se diz.

($\quad$) Vítimas de acidentes de carro não conseguem lembrar-se dos momentos que antecedem o acidente por apresentarem algum defeito congênito no hipocampo.

($\quad$) É possível lembrar fatos passados se o processo de sua gravação na memória se desenvolveu de forma ininterrupta.

($\quad$) O hipocampo é uma espécie de cola responsável por montar somente imagens captadas pela visão.

($\quad$) Lembrar-se das coisas é mais do que guardar informações sobre eventos que ocorreram; envolve reativar todo um conjunto de associações, por exemplo, entre objetos e fatos.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, e


O cérebro e a memória

Como se formam lembranças no cérebro de um bebê? Por que uma melodia romântica pode disparar sensações tão agradáveis (2)? Por que não conseguimos nos lembrar do que aconteceu conosco antes dos três anos de idade?

Lembrar não implica apenas arquivamento de informações. É difícil perceber, mas precisamos da memória para atribuir sentido ________ experiências vivenciadas e conectá-las com outras. Não notamos,mas precisamos da memória também, por exemplo, para associar (3) ________ bicicleta caída ________ um tombo que levamos ou para acertar o trajeto da cozinha ________ sala.

Na infância, quando aprendemos a andar, há uma explosão de conexões entre as células cerebrais. Cada experiência, por mais trivial (4) que seja, imprime uma marca no cérebro, formando um circuito entre neurônios. Já as memórias que perdem o interesse vão sendo descartadas. Essa constante transformação do cérebro impede que haja duas pessoas iguais no mundo (8).

Uma curiosidade da memória é a seleção. Convenhamos: armazenar tudo seria tão inútil quanto não guardar nada. Então (9), para não se sobrecarregar, o cérebro é sábio. Divide as tarefas e usa tipos diferentes de memória. Para entender e escrever o que se ouve ou se lê, usa-se uma memória descartável. Essa é a memória de trabalho (1). O cérebro sabe que não precisa guardar informações corriqueiras por muito tempo. Por isso, reserva espaço para a memória de longa duração. Dessa forma, o cérebro escolhe o que vai formar (5) nossa bagagem de experiências.

Algumas lembranças, entretanto, parecem emergir (6) do nada: uma música pode reacender (7) as sensações de um jantar romântico. Nesse caso, o cérebro associou a melodia ao rosto, ao cheiro, ao nome de uma pessoa. Naquele momento, neurônios formaram conexões para reconhecer todos os detalhes (10). A imagem foi montada pelo córtex visual; o perfume foi reconhecido no córtex olfativo; a música e as emoções do momento foram registradas em outras áreas do cérebro.

Mesmo finda a sequência, a cena ainda não estará completamente arquivada (11). As informações, frescas, precisam passar pelo hipocampo, que, como uma cola, reforçará cada elo do circuito de neurônios. Uma interrupção pode, inclusive, causar a desgravação ou a não gravação. Por isso, depois de um acidente de carro, por exemplo, a vítima esquece os momentos imediatamente anteriores à batida. Um trauma interrompeu uma fase de gravação.

Uma vez fixado, um circuito de neurônios pode ficar no cérebro por décadas. Por isso, tempos depois, num bar, distraído, você ouve aquela música e pronto! Uma coisa puxa a outra e será o suficiente para reativar todo o circuito. Aliás, a lembrança pode ser até mais agradável do que foi o acontecimento real.

(Adaptado de: VARELLA, Dráuzio. O cérebro e a mente (Série Cérebro, a máquina). Disponível em: )

Observe as reformulações propostas para o trecho Para entender e escrever o que se ouve ou se lê, usa-se uma memória descartável. Essa é a memória de trabalho (1).

  1. I. Para se compreender e anotar o que se lê ouse ouve, é posta em funcionamento umamemória descartável, a de trabalho.

  2. II. A memória de trabalho é descartada depoisde cumprir seu papel de entender e registraro que lê ou ouve.

  3. III. O entendimento e o registro de uma comunicaçãooral ou escrita implica o uso de umamemória descartável, de um trabalho de memória.

Quais são compatíveis com o sentido do trecho no texto?


O cérebro e a memória

Como se formam lembranças no cérebro de um bebê? Por que uma melodia romântica pode disparar sensações tão agradáveis (2)? Por que não conseguimos nos lembrar do que aconteceu conosco antes dos três anos de idade?

Lembrar não implica apenas arquivamento de informações. É difícil perceber, mas precisamos da memória para atribuir sentido ________ experiências vivenciadas e conectá-las com outras. Não notamos,mas precisamos da memória também, por exemplo, para associar (3) ________ bicicleta caída ________ um tombo que levamos ou para acertar o trajeto da cozinha ________ sala.

Na infância, quando aprendemos a andar, há uma explosão de conexões entre as células cerebrais. Cada experiência, por mais trivial (4) que seja, imprime uma marca no cérebro, formando um circuito entre neurônios. Já as memórias que perdem o interesse vão sendo descartadas. Essa constante transformação do cérebro impede que haja duas pessoas iguais no mundo (8).

Uma curiosidade da memória é a seleção. Convenhamos: armazenar tudo seria tão inútil quanto não guardar nada. Então (9), para não se sobrecarregar, o cérebro é sábio. Divide as tarefas e usa tipos diferentes de memória. Para entender e escrever o que se ouve ou se lê, usa-se uma memória descartável. Essa é a memória de trabalho (1). O cérebro sabe que não precisa guardar informações corriqueiras por muito tempo. Por isso, reserva espaço para a memória de longa duração. Dessa forma, o cérebro escolhe o que vai formar (5) nossa bagagem de experiências.

Algumas lembranças, entretanto, parecem emergir (6) do nada: uma música pode reacender (7) as sensações de um jantar romântico. Nesse caso, o cérebro associou a melodia ao rosto, ao cheiro, ao nome de uma pessoa. Naquele momento, neurônios formaram conexões para reconhecer todos os detalhes (10). A imagem foi montada pelo córtex visual; o perfume foi reconhecido no córtex olfativo; a música e as emoções do momento foram registradas em outras áreas do cérebro.

Mesmo finda a sequência, a cena ainda não estará completamente arquivada (11). As informações, frescas, precisam passar pelo hipocampo, que, como uma cola, reforçará cada elo do circuito de neurônios. Uma interrupção pode, inclusive, causar a desgravação ou a não gravação. Por isso, depois de um acidente de carro, por exemplo, a vítima esquece os momentos imediatamente anteriores à batida. Um trauma interrompeu uma fase de gravação.

Uma vez fixado, um circuito de neurônios pode ficar no cérebro por décadas. Por isso, tempos depois, num bar, distraído, você ouve aquela música e pronto! Uma coisa puxa a outra e será o suficiente para reativar todo o circuito. Aliás, a lembrança pode ser até mais agradável do que foi o acontecimento real.

(Adaptado de: VARELLA, Dráuzio. O cérebro e a mente (Série Cérebro, a máquina). Disponível em: )

Sobre o sentido e a funcionalidade do último parágrafo em relação ao todo do texto, é correto afirmar que ele


O cérebro e a memória

Como se formam lembranças no cérebro de um bebê? Por que uma melodia romântica pode disparar sensações tão agradáveis (2)? Por que não conseguimos nos lembrar do que aconteceu conosco antes dos três anos de idade?

Lembrar não implica apenas arquivamento de informações. É difícil perceber, mas precisamos da memória para atribuir sentido ________ experiências vivenciadas e conectá-las com outras. Não notamos,mas precisamos da memória também, por exemplo, para associar (3) ________ bicicleta caída ________ um tombo que levamos ou para acertar o trajeto da cozinha ________ sala.

Na infância, quando aprendemos a andar, há uma explosão de conexões entre as células cerebrais. Cada experiência, por mais trivial (4) que seja, imprime uma marca no cérebro, formando um circuito entre neurônios. Já as memórias que perdem o interesse vão sendo descartadas. Essa constante transformação do cérebro impede que haja duas pessoas iguais no mundo (8).

Uma curiosidade da memória é a seleção. Convenhamos: armazenar tudo seria tão inútil quanto não guardar nada. Então (9), para não se sobrecarregar, o cérebro é sábio. Divide as tarefas e usa tipos diferentes de memória. Para entender e escrever o que se ouve ou se lê, usa-se uma memória descartável. Essa é a memória de trabalho (1). O cérebro sabe que não precisa guardar informações corriqueiras por muito tempo. Por isso, reserva espaço para a memória de longa duração. Dessa forma, o cérebro escolhe o que vai formar (5) nossa bagagem de experiências.

Algumas lembranças, entretanto, parecem emergir (6) do nada: uma música pode reacender (7) as sensações de um jantar romântico. Nesse caso, o cérebro associou a melodia ao rosto, ao cheiro, ao nome de uma pessoa. Naquele momento, neurônios formaram conexões para reconhecer todos os detalhes (10). A imagem foi montada pelo córtex visual; o perfume foi reconhecido no córtex olfativo; a música e as emoções do momento foram registradas em outras áreas do cérebro.

Mesmo finda a sequência, a cena ainda não estará completamente arquivada (11). As informações, frescas, precisam passar pelo hipocampo, que, como uma cola, reforçará cada elo do circuito de neurônios. Uma interrupção pode, inclusive, causar a desgravação ou a não gravação. Por isso, depois de um acidente de carro, por exemplo, a vítima esquece os momentos imediatamente anteriores à batida. Um trauma interrompeu uma fase de gravação.

Uma vez fixado, um circuito de neurônios pode ficar no cérebro por décadas. Por isso, tempos depois, num bar, distraído, você ouve aquela música e pronto! Uma coisa puxa a outra e será o suficiente para reativar todo o circuito. Aliás, a lembrança pode ser até mais agradável do que foi o acontecimento real.

(Adaptado de: VARELLA, Dráuzio. O cérebro e a mente (Série Cérebro, a máquina). Disponível em: )

Observe as seguintes propostas de reformulação da frase Por que uma melodia romântica pode disparar sensações tão agradáveis? (2).

  1. I. Perguntamo-nos sobre o porquê de uma melodiaromântica poder provocar sensaçõestão agradáveis.

  2. II. Perguntamo-nos porque uma canção românticapode desferir sensações tão agradáveis.

  3. III. Perguntamo-nos por que motivo uma músicaromântica pode suscitar sensações tãoagradáveis?

Quais são reformulações corretas, e compatíveis em termos de significado, da frase dada?


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