UFPR 2008 História - Questões
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“Iremos ter em três dias um espetáculo magnífico, um combate, não de simples gladiadores, mas com inúmeros libertos. Titus, meu senhor, tem a alma grande [...]. Com ele é ferro puro, sem direito à fuga. No anfiteatro, vai ser uma carnificina linda de se ver, e ele tem dinheiro para isso. ”
(Discurso de Echion. PETRÔNIO. Satyricon. São Paulo: Brasiliense, 1985, cap. XLV.)
Com base nos conhecimentos sobre a sociedade romana na Antiguidade, comente o contexto social que explica a adoção da política de “pão e circo” por Roma.
“Com o tempo, a Reforma desfecharia golpes bem rudes contra as curas régias. O poder taumatúrgico [poder milagroso] dos reis decorria de possuírem caráter sagrado; este era criado ou confirmado por uma cerimônia, a sagração, que constava das pompas da antiga religião. O protestantismo encarava com horror os milagres que a opinião comum atribuía aos santos. Os milagres atribuídos aos reis não lembravam muito de perto os milagres dos santos? [...] Mas não foi só por sua ação propriamente religiosa (talvez essa ação nem tenha sido a causa principal) que a Reforma colocou em perigo o velho respeito pelo poder medicinal dos reis. Desse ponto de vista, as consequências políticas da Reforma foram muito graves. Nas perturbações que desencadeou simultaneamente na Inglaterra e na França, os privilégios dos reis foram submetidos a um tremendo ataque; entre eles, estava o privilégio taumatúrgico.”
(BLOCH, Marc. Os reis taumaturgos: o caráter sobrenatural do poder régio. França e Inglaterra. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 225-226.)
Tendo por base a mudança social mencionada no texto, analise as relações existentes entre religião e política na configuração do Estado Absolutista Moderno.
“Não era, com certeza, uma tarefa simples. Acomodar na cidade do Rio de Janeiro o príncipe regente e seu séquito significava encontrar, num curto espaço de tempo, locais suficientes para hospedar de 12 a 15 mil pessoas. Mas o primeiro intendente de polícia, Paulo Fernandes Viana, a desempenhou com habilidade, em virtude dos amplos poderes que lhe eram atribuídos. Coube a ele garantir o cumprimento da lei das aposentadorias, que obrigava aquele que tivesse sua casa marcada com as letras PR, isto é, ’Príncipe Regente’ (ou, como interpretava o povo, ’Ponha-se na Rua’ ou ainda ’Prédio Roubado’), a entregar o imóvel para acomodação dos recém-chegados.”
(MIRANDA, A. P. e LAGE, L. Da polícia do rei à polícia do cidadão. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, Ano 3, nº 25, outubro de 2007, p. 44.)
Descreva duas mudanças no cotidiano da cidade do Rio de Janeiro com a chegada da família real e de seu séquito.
“Não era, com certeza, uma tarefa simples. Acomodar na cidade do Rio de Janeiro o príncipe regente e seu séquito significava encontrar, num curto espaço de tempo, locais suficientes para hospedar de 12 a 15 mil pessoas. Mas o primeiro intendente de polícia, Paulo Fernandes Viana, a desempenhou com habilidade, em virtude dos amplos poderes que lhe eram atribuídos. Coube a ele garantir o cumprimento da lei das aposentadorias, que obrigava aquele que tivesse sua casa marcada com as letras PR, isto é, ’Príncipe Regente’ (ou, como interpretava o povo, ’Ponha-se na Rua’ ou ainda ’Prédio Roubado’), a entregar o imóvel para acomodação dos recém-chegados.”
(MIRANDA, A. P. e LAGE, L. Da polícia do rei à polícia do cidadão. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, Ano 3, nº 25, outubro de 2007, p. 44.)
É razoável afirmar que desde a chegada da Corte portuguesa ao Brasil discute-se o papel da polícia em nossa sociedade. Assim, a partir da “habilidade” revelada pelo primeiro intendente de polícia, Paulo Fernandes Viana, assinale as características que estavam na origem das instituições policiais brasileiras e que se reproduziram durante o Brasil republicano.
“Não era, com certeza, uma tarefa simples. Acomodar na cidade do Rio de Janeiro o príncipe regente e seu séquito significava encontrar, num curto espaço de tempo, locais suficientes para hospedar de 12 a 15 mil pessoas. Mas o primeiro intendente de polícia, Paulo Fernandes Viana, a desempenhou com habilidade, em virtude dos amplos poderes que lhe eram atribuídos. Coube a ele garantir o cumprimento da lei das aposentadorias, que obrigava aquele que tivesse sua casa marcada com as letras PR, isto é, ’Príncipe Regente’ (ou, como interpretava o povo, ’Ponha-se na Rua’ ou ainda ’Prédio Roubado’), a entregar o imóvel para acomodação dos recém-chegados.”
(MIRANDA, A. P. e LAGE, L. Da polícia do rei à polícia do cidadão. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, Ano 3, nº 25, outubro de 2007, p. 44.)
Considerando o estudo da História do Brasil, caracterize, a partir de meados do século XX, um momento em que a sociedade brasileira buscou reestruturar o papel social do aparato policial nacional concebido à época do intendente Paulo Fernandes Viana.
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