“Não era, com certeza, uma tarefa simples. Acomodar na cidade do Rio de Janeiro o príncipe regente e seu séquito significava encontrar, num curto espaço de tempo, locais suficientes para hospedar de 12 a 15 mil pessoas. Mas o primeiro intendente de polícia, Paulo Fernandes Viana, a desempenhou com habilidade, em virtude dos amplos poderes que lhe eram atribuídos. Coube a ele garantir o cumprimento da lei das aposentadorias, que obrigava aquele que tivesse sua casa marcada com as letras PR, isto é, ’Príncipe Regente’ (ou, como interpretava o povo, ’Ponha-se na Rua’ ou ainda ’Prédio Roubado’), a entregar o imóvel para acomodação dos recém-chegados.”

(MIRANDA, A. P. e LAGE, L. Da polícia do rei à polícia do cidadão. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, Ano 3, nº 25, outubro de 2007, p. 44.)

Descreva duas mudanças no cotidiano da cidade do Rio de Janeiro com a chegada da família real e de seu séquito.