UFF 1999 Português - Questões

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Texto I

Educai o coração da mulher, esclarecei seu intelecto com o estudo de coisas úteis (2) e com a prática dos deveres, inspirando nela o deleite que se experimenta ao cumpri-los; purgai a sua alma de tantas nocivas frivolidades pueris de que se acha rodeada mal abre os olhos à luz (8).

Cessai aqueles tolos discursos com os quais atordoais sua razão (3), fazendo-a crer que é rainha, quando nada mais é que a escrava dos vossos caprichos (5). Não façais dela a mulher da Bíblia; a mulher de hoje em dia pode sair-se melhor do que aquela (4); nem muito menos a mulher da Idade Média: da qual estamos todas tão distantes que não poder-nos-ia servir de modelo (7); mas a mulher que deve progredir com o século dezenove, ao lado do homem, rumo à regeneração dos povos.

Guarde-se bem o homem de ter a mulher para seu joguete, ou sua escrava; trate-a como uma companheira da sua vida (6), devendo ela participar de suas alegres e tristes aventuras; considere-a desde o berço até seu leito de morte, como aquela que exerce uma influência real sobre o destino dele, e por conseguinte sobre o destino das nações; dedique-lhe, por último, uma educação como exige a grande tarefa que ela deve cumprir na sociedade como o benéfico ascendente do coração; e a mulher será como deve ser, filha e irmã dedicadíssima, terna e pudica esposa, boa e providente mãe (1).

(1859)

(FLORESTA, Nísia. Cintilações de uma alma brasileira. Florianópolis / Santa Cruz: Ed. Mulheres / Ed. Da UNISC, 1997. p. 115-7.)

No texto I, o uso frequente dos verbos no imperativo justifica-se pela necessidade de:


Texto I

Educai o coração da mulher, esclarecei seu intelecto com o estudo de coisas úteis (2) e com a prática dos deveres, inspirando nela o deleite que se experimenta ao cumpri-los; purgai a sua alma de tantas nocivas frivolidades pueris de que se acha rodeada mal abre os olhos à luz (8).

Cessai aqueles tolos discursos com os quais atordoais sua razão (3), fazendo-a crer que é rainha, quando nada mais é que a escrava dos vossos caprichos (5). Não façais dela a mulher da Bíblia; a mulher de hoje em dia pode sair-se melhor do que aquela (4); nem muito menos a mulher da Idade Média: da qual estamos todas tão distantes que não poder-nos-ia servir de modelo (7); mas a mulher que deve progredir com o século dezenove, ao lado do homem, rumo à regeneração dos povos.

Guarde-se bem o homem de ter a mulher para seu joguete, ou sua escrava; trate-a como uma companheira da sua vida (6), devendo ela participar de suas alegres e tristes aventuras; considere-a desde o berço até seu leito de morte, como aquela que exerce uma influência real sobre o destino dele, e por conseguinte sobre o destino das nações; dedique-lhe, por último, uma educação como exige a grande tarefa que ela deve cumprir na sociedade como o benéfico ascendente do coração; e a mulher será como deve ser, filha e irmã dedicadíssima, terna e pudica esposa, boa e providente mãe (1).

(1859)

(FLORESTA, Nísia. Cintilações de uma alma brasileira. Florianópolis / Santa Cruz: Ed. Mulheres / Ed. Da UNISC, 1997. p. 115-7.)

A condição indispensável para que ocorra uma mudança no papel que a mulher exerce como “filha e irmã dedicadíssima, terna e pudica esposa, boa e providente mãe” (1), de acordo com o texto I, é:


Texto I

Educai o coração da mulher, esclarecei seu intelecto com o estudo de coisas úteis (2) e com a prática dos deveres, inspirando nela o deleite que se experimenta ao cumpri-los; purgai a sua alma de tantas nocivas frivolidades pueris de que se acha rodeada mal abre os olhos à luz (8).

Cessai aqueles tolos discursos com os quais atordoais sua razão (3), fazendo-a crer que é rainha, quando nada mais é que a escrava dos vossos caprichos (5). Não façais dela a mulher da Bíblia; a mulher de hoje em dia pode sair-se melhor do que aquela (4); nem muito menos a mulher da Idade Média: da qual estamos todas tão distantes que não poder-nos-ia servir de modelo (7); mas a mulher que deve progredir com o século dezenove, ao lado do homem, rumo à regeneração dos povos.

Guarde-se bem o homem de ter a mulher para seu joguete, ou sua escrava; trate-a como uma companheira da sua vida (6), devendo ela participar de suas alegres e tristes aventuras; considere-a desde o berço até seu leito de morte, como aquela que exerce uma influência real sobre o destino dele, e por conseguinte sobre o destino das nações; dedique-lhe, por último, uma educação como exige a grande tarefa que ela deve cumprir na sociedade como o benéfico ascendente do coração; e a mulher será como deve ser, filha e irmã dedicadíssima, terna e pudica esposa, boa e providente mãe (1).

(1859)

(FLORESTA, Nísia. Cintilações de uma alma brasileira. Florianópolis / Santa Cruz: Ed. Mulheres / Ed. Da UNISC, 1997. p. 115-7.)

Assinale a opção em que o termo destacado não se vincula sintaticamente ao substantivo que o antecede:


Texto I

Educai o coração da mulher, esclarecei seu intelecto com o estudo de coisas úteis (2) e com a prática dos deveres, inspirando nela o deleite que se experimenta ao cumpri-los; purgai a sua alma de tantas nocivas frivolidades pueris de que se acha rodeada mal abre os olhos à luz (8).

Cessai aqueles tolos discursos com os quais atordoais sua razão (3), fazendo-a crer que é rainha, quando nada mais é que a escrava dos vossos caprichos (5). Não façais dela a mulher da Bíblia; a mulher de hoje em dia pode sair-se melhor do que aquela (4); nem muito menos a mulher da Idade Média: da qual estamos todas tão distantes que não poder-nos-ia servir de modelo (7); mas a mulher que deve progredir com o século dezenove, ao lado do homem, rumo à regeneração dos povos.

Guarde-se bem o homem de ter a mulher para seu joguete, ou sua escrava; trate-a como uma companheira da sua vida (6), devendo ela participar de suas alegres e tristes aventuras; considere-a desde o berço até seu leito de morte, como aquela que exerce uma influência real sobre o destino dele, e por conseguinte sobre o destino das nações; dedique-lhe, por último, uma educação como exige a grande tarefa que ela deve cumprir na sociedade como o benéfico ascendente do coração; e a mulher será como deve ser, filha e irmã dedicadíssima, terna e pudica esposa, boa e providente mãe (1).

(1859)

(FLORESTA, Nísia. Cintilações de uma alma brasileira. Florianópolis / Santa Cruz: Ed. Mulheres / Ed. Da UNISC, 1997. p. 115-7.)

Na flexão dos diminutivos, o uso coloquial, com frequência, se diferencia do uso prescrito pela gramática normativa.

Assinale o par de palavras em que os dois usos ocorrem:


Texto II

Nunca esteve tão bom para nós, mulheres (7). Nem tão difícil.

Os salários não são iguais, as creches continuam insuficientes (9), o sexo é uma confusão total entre o agir e o sentir (16), o trabalho é complicadíssimo em termos psíquicos para a mulher (10): fonte de culpa e medos. Nunca foi tão difícil. Muito está colocado, mas tudo está por fazer (14). Esta é uma hora para se parar e pensar (12). Pensar pelo que brigamos até agora, o que conseguimos, onde fomos usadas pelo sistema, o que deu errado, o que fazer de agora em diante. Sinto que existe todo um trabalho a ser feito de conscientização feminina — pois o que se passa no Piauí não é o mesmo das grandes capitais (8) — já que as lutas não serão primordialmente mais no nível do “queremos”, “exigimos”, das passeatas, mas da prática do obter e do ser. É uma luta mais intimista de um lado, fora dos jornais (11), mais difusa na realidade (15).

A luta de base, de formiguinha, onde o confrontamento não será mais com a polícia e o governo somente, mas basicamente com os companheiros de trabalho, amigos e marido (13).

SUPLICY, Marta. Reflexões sobre o cotidiano. Rio Janeiro: Espaço e Tempo, 1986. p. 124-5.

Segundo o texto II, a luta fundamental para as mulheres é:


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