UERJ 2017 História - Questões
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CONFERÊNCIA DE BERLIM, 1884-1885
Em nome de Deus Todo Poderoso,
S. M. Imperador da Alemanha; S. M. Rei dos Belgas; o Presidente dos E.U.A.; o Presidente da República Francesa; S. M. Rainha do Reino Unido; S. M. Rei da Itália;
S. M. Imperador de todas as Rússias, e outros.
Querendo regular as condições mais favoráveis ao desenvolvimento do comércio e da civilização em certas regiões da África; desejosos de prevenir os mal-entendidos e as contestações que poderiam originar, no futuro, as novas tomadas de posse nas costas da África, e preocupados ao mesmo tempo com os meios de crescimento do bem-estar moral e material das populações aborígenes, resolveram, reunir para este fim uma Conferência em Berlim.
Adaptado de Ata geral, 26/02/1885. casadehistoria.com.br.
PRIMEIRA CONFERÊNCIA DOS POVOS AFRICANOS, 1958
A Primeira Conferência dos Povos Africanos reuniu mais de duzentos delegados representando 62 organizações nacionalistas. Afirmando a importância da "personalidade africana", contrastou com a Conferência de Berlim (1884-1885).
O líder ganês Kwame Nkrumah ressaltou que os africanos desejavam decidir seu destino. Pela primeira vez, os africanos falavam para si próprios através da voz de um africano.
Adaptado de OLIVEIRA, P. O.; PARADA, M.; MEIHY, M. S. B.. História da África contemporânea. Rio de Janeiro: PUC-Rio/Pallas, 2013.
Os textos acima se referem a duas conferências ocorridas em momentos diferenciados das histórias dos povos e sociedades africanas.
Apresente o respectivo contexto histórico no qual ocorreu cada uma dessas conferências. Considerando as relações internacionais da época, indique, também, uma proposta dos governos africanos defendida na conferência de 1958.
Depois da votação no parlamento alemão da resolução que classifica a matança de armênios pela Turquia como genocídio, as relações entre Turquia e Alemanha ameaçam congelar. A Comissão de Relações Internacionais do Parlamento turco acusou os alemães de deturparem fatos históricos sobre os acontecimentos de 1915. A Turquia, até hoje, nega veementemente que se trate de genocídio a morte de até 1,5 milhão de armênios em massacres e marchas ao deserto ordenadas pelo Império Otomano, sobretudo entre 1915 e 1917.
(Adaptado de O Globo, 03/06/2016.)
No contexto dos efeitos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a ONU passou a conceber o genocídio como um crime contra o Direito Internacional.
De acordo com o texto acima, o posicionamento do governo turco indica o temor de possíveis punições, especialmente se esse organismo internacional conceber o massacre dos armênios como um ato deliberado de:
Antecipando-nos à derrocada das forças subversivas, acionadas por dispositivos governamentais, que visavam à destruição do primado da democracia e à implantação de um regime totalitário, tivemos a lucidez e o patriotismo de alertar os poderes constituídos da República para a defesa da ordem jurídica e da Constituição, tão seriamente ameaçadas. Podemos hoje, erradicado o mal das conjuras comuno-sindicalistas, proclamar que a sobrevivência da Nação Brasileira se processou sob a égide intocável do Estado de Direito.
(Adaptado de Ata da Reunião Ordinária do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, 07/04/1964).
O apoio da Ordem dos Advogados do Brasil à deposição do presidente João Goulart (1961-1964), como indicado no texto, insere-se no contexto de intensas polarizações de opiniões entre partidos e associações.
Essas polarizações expressavam posicionamentos distintos acerca da seguinte proposta do governo João Goulart:
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a ação do Partido Nazista na Alemanha ampliou a propaganda contra os que foram considerados os inimigos internos da nação germânica. O cartaz abaixo é um exemplo dessa política.
”Por trás das potências inimigas: o judeu”
(Adaptado de advertisingarchives.co.uk).
Um aspecto da ideologia nazista observado nesse cartaz é:
ERA UM GAROTO QUE COMO EU AMAVA OS BEATLES E OS ROLLING STONES (1967)
Era um garoto
Que como eu
Amava os Beatles
E os Rolling Stones
Girava o mundo
Sempre a cantar
As coisas lindas
Da América
Cantava viva à liberdade
Mas uma carta sem esperar
Da sua guitarra o separou
Fora chamado na América
Stop! Com Rolling Stones
Stop! Com Beatles songs
Mandado foi ao Vietnã
Lutar com vietcongs
EU TE AMO, MEU BRASIL (1970)
As praias do Brasil ensolaradas
O chão onde o país se elevou
A mão de Deus abençoou
Mulher que nasce aqui tem muito mais amor
O céu do meu Brasil tem mais estrelas
O sol do meu país mais esplendor
A mão de Deus abençoou
Em terras brasileiras vou plantar amor
Eu te amo, meu Brasil, eu te amo
Meu coração é verde, amarelo, branco, azul anil
Eu te amo, meu Brasil, eu te amo
Ninguém segura a juventude do Brasil
(BANDA OS INCRÍVEIS
Adaptado de vagalume.com.br.)
A banda brasileira Os Incríveis marcou época ao cantar acontecimentos e ideias que afetavam especialmente a vida dos mais jovens no final da década de 1960, como ilustram as letras citadas.
Essas letras estão relacionadas, respectivamente, aos seguintes contextos internacional e brasileiro daquele momento:
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