UERJ 2012 História - Questões
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Uma questão acadêmica, mas interessante, acerca da “descoberta” do Brasil é a seguinte: ela resultou de um acidente, de um acaso da sorte? Não, ao que tudo indica. Os defensores da casualidade são hoje uma corrente minoritária. A célebre carta de Caminha não refere a ocorrência de calmarias. Além disso, é difícil aceitar que uma frota com 13 caravelas, bússola e marinheiros experimentados se perdesse em pleno oceano Atlântico e viesse bater nas costas da Bahia por acidente.
Rejeitado o acaso como fonte de explicação no que tange aos objetivos da “descoberta”, fica de pé a seguinte pergunta: qual foi, portanto, a finalidade, a intenção da expedição de Cabral?
Adaptado de LOPEZ, Luiz Roberto. História do Brasil colonial. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983.
Os descobrimentos marítimos dos séculos XV e XVI foram processos importantes para a construção do mundo moderno. A chegada dos portugueses ao Brasil decorre dos projetos que levaram diferentes nações europeias às grandes navegações.
Formule uma resposta à pergunta do autor, ao final do texto: qual foi a finalidade da expedição de Cabral?
Em seguida, cite dois motivos que justificam as grandes navegações marítimas nos séculos XV e XVI.
Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Deve, todavia, o príncipe fazer-se temer de modo que, se não adquire amizade, evite ser odiado, porque pode muito bem ser ao mesmo tempo temido e não odiado; o que sempre conseguirá desde que respeite os bens dos seus concidadãos e dos seus súditos porque os homens esquecem mais depressa a morte do pai que a perda do patrimônio.
Mas quando um príncipe está com os exércitos e tem uma multidão de soldados sob o seu comando, então é de todo necessário que não se importe de passar por cruel; porque sem esta fama não se mantém um exército unido, nem disposto a qualquer feito.
O Príncipe, de Nicolau Maquiavel. Adaptado de www.arqnet.pt.
Nicolau Maquiavel foi um pensador florentino que viveu na época do Renascimento. Ele é considerado um dos fundadores do pensamento político moderno e suas ideias serviram de base para a constituição do Absolutismo monárquico.
Identifique no texto duas práticas do Absolutismo monárquico.
Discurso de despedida do Senado
Sr. Presidente, Srs. Senadores, levamos a cabo a tarefa da transição.
Acredito firmemente que o autoritarismo é uma página virada na história do Brasil. Resta, contudo, um pedaço de nosso passado político que ainda atravanca o presente e retarda o avanço da sociedade. Refiro-me ao legado da Era Vargas, ao seu modelo de desenvolvimento autárquico e ao seu Estado intervencionista.
Esse modelo, que à sua época assegurou progresso e permitiu a nossa industrialização, começou a perder fôlego no fim dos anos 70. Atravessamos a década de 80 às cegas. No final da “década perdida”, os analistas políticos e econômicos mais lúcidos já convergiam na percepção de que o Brasil vivia não apenas um somatório de crises conjunturais, mas o fim de um ciclo de desenvolvimento a longo prazo.
Fernando Henrique Cardoso. Adaptado de www.planalto.gov.br, em 15/12/1994.
Em seus dois mandatos como presidente, Fernando Henrique Cardoso buscou apoio de diferentes forças políticas e partidárias para implementar um programa de reformas que rompesse com o que chamou de “legado da Era Vargas”. Essas reformas eram vistas pelo grupo político ao qual pertencia como fundamentais para que o país vencesse definitivamente as dificuldades enfrentadas na “década perdida”.
Explique o significado da expressão “década perdida” para a economia brasileira.
Cite, ainda, duas ações desenvolvidas durante os governos de Fernando Henrique Cardoso relacionadas a seu rompimento com a ”Era Vargas”.
Veja você, meu amigo, te resta apenas um meio para não ser explorado, nem oprimido: demonstrar coragem. Se os trabalhadores que são tão numerosos se opuserem com todas as suas forças aos patrões e a quaisquer formas de governo, estaremos bem próximos dos homens verdadeiramente livres.
(Fala da peça Uma comédia social, representada por operários de São Paulo nos anos de 1910. Adaptado de Nosso Século (1910-1930). São Paulo: Abril Cultural, 1981.)
Durante a Primeira República (1889-1930), em cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, o movimento operário tornou-se um dos principais críticos às exclusões da sociedade brasileira.
Considerando as propostas defendidas na fala citada do personagem, uma das ideologias que se fez presente no movimento operário brasileiro, naquele momento, foi:
Imigração no Brasil (1820 – 1975)
(www.ibge.gov.br)
Diversas experiências históricas da sociedade brasileira interferiram nas variações dos fluxos imigratórios nos séculos XIX e XX.
Para o período situado entre 1880 e 1899, a variação indicada no gráfico associou-se ao seguinte fator:
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