UERJ 2005 Geografia - Questões
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Em recentes reuniões internacionais, eu estive reiterando que o Tesouro brasileiro não pode competir com os Tesouros das economias desenvolvidas em termos de dar subsídios agrícolas à exportação. Estimativas da OCDE indicam que são dados mais de US$ 360 bilhões de dólares anuais como subsídios à agricultura nos países desenvolvidos.
(Marcus Vinícius Pratini de Moraes. http://www.radiobras.gov.br)
Os subsídios dados à agricultura nos países desenvolvidos constituem uma política extremamente cara e, aparentemente, contraditória com o fato de que o setor primário dessas nações responde por uma fatia pequena do PIB. Aponte:
a) Duas justificativas para a manutenção dessa política por parte de alguns países desenvolvidos.
b) A principal consequência para o Brasil da política citada.
Mais duas usinas
Não tem para Volta Redonda, Ipatinga ou Tubarão. O Maranhão caminha para ser o maior polo siderúrgico do Brasil.
Além da megausina que a Vale constrói em parceria com a chinesa Baosteel - em 2007 ela estará produzindo 3,7 milhões de toneladas por ano - mais dois projetos de igual porte estão germinando no estado.
(GÓIS, Ancelmo. O Globo, 07/09/2004.)
A notícia acima é mais uma das que atestam o processo de desconcentração industrial brasileiro e a redefinição da divisão territorial do trabalho no país.
a) Indique dois fatores locacionais que justificam a atratividade do Maranhão para a instalação de usinas siderúrgicas, quando comparado aos demais estados nordestinos.
b) Apresente dois argumentos que expliquem o interesse de alguns setores industriais em fazer a transferência de suas atividades para o Nordeste.
Os fragmentos abaixo representam posições distintas no debate estabelecido no Brasil a respeito da reforma agrária.
Posição A: [Existe] a necessidade de se repensar a questão agrária no Brasil, à luz dos novos tempos, o que exige, por conseguinte, formular-se uma nova teoria fundiária capaz de superar o modelo distributivista da terra. Defendi que havia absoluta necessidade de se romper com a ideia dominante na questão agrária, que enxerga na distribuição fundiária o único caminho para o combate à miséria. Precisamos inventar uma nova reforma agrária, porque a que temos não está funcionando.
(Adaptado de GRAZIANO, Xico. O carma da terra no Brasil. São Paulo: A Girafa, 2004.)
Posição B: Uma política consistente de soberania alimentar no Brasil passa, necessariamente, por uma Reforma Agrária ampla e massiva e por uma política agrícola de apoio às pequenas unidades de produção. Assim, enquanto a Reforma Agrária não for feita, a luta continua a marcar os campos no país. A Reforma Agrária é analisada como alternativa importante para o desenvolvimento econômico, social e político para os camponeses Sem Terra do Brasil.
(Adaptado de OLIVEIRA, Ariovaldo U. Barbárie e modernidade: as transformações no campo e o agronegócio no Brasil. Terra Livre. São Paulo: AGB, 2003.)
Apresente um argumento utilizado por quem defende:
a) A posição A.
b) A posição B.
Apesar da falta de verbas, Calha Norte é ampliado
BRASÍLIA. O governo decidiu ampliar a presença militar na Região Norte do país. O Presidente Lula, atendendo a pedido do Ministro da Defesa aumentou a área de atuação do Programa Calha Norte, criado em 1985. O número de municípios atingidos pelo programa saltará de 74 para 151. A linha de fronteira incluída no Calha Norte aumentará de 7.400 quilômetros para cerca de 11 mil quilômetros. A área total do Calha Norte será de 2,5 milhões de quilômetros quadrados, que representam 25,6% do território nacional.
(Adaptado de O Globo, 10/01/2003)
Com base na reportagem acima, cite:
A) Dois objetivos do governo brasileiro ao ampliar o Programa Calha Norte.
B) Dois fatores, ligados à organização espacial da região, que dificultam a eficácia do Programa.
O Estado do Rio de Janeiro, na segunda metade do século XX, passou por um processo de esvaziamento econômico e político. Somente a partir dos anos de 1990, observam-se uma retomada do crescimento econômico e um aumento nos fluxos entre a capital e o interior fluminense.
Identifique:
a) Duas causas para o esvaziamento econômico do Estado do Rio de Janeiro no período apontado acima.
b) Duas dificuldades para que se consolide uma integração maior entre o interior do estado e sua região metropolitana.
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