UEL 2006 Geografia - Questões
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“[...] o principal privilégio do capitalismo, hoje como ontem, continua sendo a liberdade de escolha – um privilégio que tem a ver simultaneamente com sua posição social dominante, com o peso de seus capitais, com suas capacidades de empréstimo, com sua rede de informações e, em igual medida, com os vínculos que, entre os membros de uma minoria poderosa, por mais dividida que esteja por obra do jogo da concorrência, cria uma série de regras e de cumplicidades. [...] o capitalismo tem a capacidade, a qualquer momento, de mudar de rumo: é o segredo de sua vitalidade. [...] Quando há grandes crises, muitos capitalistas sucumbem, mas outros sobrevivem, outros instalam-se.”
(BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo séculos XV-XVIII. v. 3. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p.578.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.
I. A concorrência encontra na rede de informações seu principal obstáculo e diminui a vitalidade do capitalismo.
II. O privilégio da liberdade de escolha confere vitalidade ao capitalismo, mesmo em tempos de crise.
III. As capacidades de empréstimo e as redes de informações do capitalismo dificultam sua recuperação após períodos de crise.
IV. A elite capitalista, diante das crises, por mais dividida que esteja, consegue criar uma série de regras e cumplicidades.
Estão corretas apenas as afirmativas:
“Os métodos tayloristas, quando extorquem o rendimento da mão-de-obra feminina, beneficiam-se do aprendizado das jovens relativo à habilidade manual, à meticulosidade, à diligência, qualidades adquiridas em primeiro lugar na família mas, em seguida, cultivadas nas próprias fábricas japonesas que oferecem, às suas operárias, cursos semanais de todas as artes domésticas, entre as quais a arte do arranjo de flores (ikebana); esse trabalho analítico, minucioso, de desestruturação-reestruturação das flores e das folhas de acordo com uma ordem rigidamente estabelecida parece ser uma preparação para o trabalho operário, uma introdução aos gestos dissociados, às tarefas fragmentadas requeridas pela organização científica do trabalho.”
(HIRATA, Helena. Nova divisão sexual do trabalho? São Paulo: Boitempo, 2002. p.31.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar:
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