“Os métodos tayloristas, quando extorquem o rendimento da mão-de-obra feminina, beneficiam-se do aprendizado das jovens relativo à habilidade manual, à meticulosidade, à diligência, qualidades adquiridas em primeiro lugar na família mas, em seguida, cultivadas nas próprias fábricas japonesas que oferecem, às suas operárias, cursos semanais de todas as artes domésticas, entre as quais a arte do arranjo de flores (ikebana); esse trabalho analítico, minucioso, de desestruturação-reestruturação das flores e das folhas de acordo com uma ordem rigidamente estabelecida parece ser uma preparação para o trabalho operário, uma introdução aos gestos dissociados, às tarefas fragmentadas requeridas pela organização científica do trabalho.”
(HIRATA, Helena. Nova divisão sexual do trabalho? São Paulo: Boitempo, 2002. p.31.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar: