PUC-RS 2013 Português - Questões

Filtro de Questões

Abrir Opções Avançadas

Filtrar por resolução:

O jeitinho brasileiro

Não há sistema que impeça a aplicação da “Lei de Gérson”.

A propaganda de cigarros com o jogador Gérson, nos anos 70, cultuava a mentalidade de tirar vantagem em tudo. A filosofia mais vívida no povo brasileiro, eternizada em sambas de Bezerra da Silva, é a de que malandro é malandro, mané é mané. (01)

(02) A cultura de passar os outros para trás é uma característica tão marcante dos brasileiros (04) que deixou as carpetas de jogos e transferiu-se para a prática quase diária, tornando-se mundialmente famosa. (03) O jeitinho brasileiro é um selo de marca registrada, tornou-se uma forma de fazer as coisas(05) da maneira mais fácil, menos trabalhosa e que, às vezes, traz algum retorno.

O problema (06) é que o jeitinho se transferiu para o âmbito jurídico e fez do Brasil o país das leis que não são cumpridas. Até mesmo a Constituição aplaude a malandragem. O cidadão não é obrigado a produzir provas contra si mesmo. O maior exemplo é a Lei Seca, elaborada para acabar com o estratosférico número de mortes no trânsito, causado, comprovadamente, por embriaguez ao volante. Foi preciso chegar ao rigor zero para que a lei seja cumprida, mas, ainda assim, a Procuradoria-Geral da União contesta no Supremo Tribunal, alegando que é inconstitucional. (07)

Há quem considere, no entanto, que (08) o jeitinho brasileiro nem sempre é uma coisa “ruim”. Há alguns anos, era muito comum a comercialização das fichas de passagens do transporte coletivo. As transações nas paradas de ônibus viraram uma prática quase profissional, o que garantia renda para alguns ambulantes. Os que negociavam vale-transporte dessa forma viam, na venda, uma alternativa para fomentar os salários, (09) que até hoje estão aquém das necessidades da população. A implantação de um sistema de cartão de crédito com passagens não evitou o comércio por muito tempo, e a prática está novamente na rua. O jeitinho brasileiro é isto: procurar uma falha no sistema e usá-la a seu favor.

(http://www.iornalminuano.com.br/noticia.php?id=85504&data=15/03/2013&ok=1 Editorial acessado em 17 de março de 2013 (adaptado))

A leitura do texto NÃO permite concluir que


O jeitinho brasileiro

Não há sistema que impeça a aplicação da “Lei de Gérson”.

A propaganda de cigarros com o jogador Gérson, nos anos 70, cultuava a mentalidade de tirar vantagem em tudo. A filosofia mais vívida no povo brasileiro, eternizada em sambas de Bezerra da Silva, é a de que malandro é malandro, mané é mané. (01)

(02) A cultura de passar os outros para trás é uma característica tão marcante dos brasileiros (04) que deixou as carpetas de jogos e transferiu-se para a prática quase diária, tornando-se mundialmente famosa. (03) O jeitinho brasileiro é um selo de marca registrada, tornou-se uma forma de fazer as coisas(05) da maneira mais fácil, menos trabalhosa e que, às vezes, traz algum retorno.

O problema (06) é que o jeitinho se transferiu para o âmbito jurídico e fez do Brasil o país das leis que não são cumpridas. Até mesmo a Constituição aplaude a malandragem. O cidadão não é obrigado a produzir provas contra si mesmo. O maior exemplo é a Lei Seca, elaborada para acabar com o estratosférico número de mortes no trânsito, causado, comprovadamente, por embriaguez ao volante. Foi preciso chegar ao rigor zero para que a lei seja cumprida, mas, ainda assim, a Procuradoria-Geral da União contesta no Supremo Tribunal, alegando que é inconstitucional. (07)

Há quem considere, no entanto, que (08) o jeitinho brasileiro nem sempre é uma coisa “ruim”. Há alguns anos, era muito comum a comercialização das fichas de passagens do transporte coletivo. As transações nas paradas de ônibus viraram uma prática quase profissional, o que garantia renda para alguns ambulantes. Os que negociavam vale-transporte dessa forma viam, na venda, uma alternativa para fomentar os salários, (09) que até hoje estão aquém das necessidades da população. A implantação de um sistema de cartão de crédito com passagens não evitou o comércio por muito tempo, e a prática está novamente na rua. O jeitinho brasileiro é isto: procurar uma falha no sistema e usá-la a seu favor.

(http://www.iornalminuano.com.br/noticia.php?id=85504&data=15/03/2013&ok=1 Editorial acessado em 17 de março de 2013 (adaptado))

Quanto às estratégias argumentativas e à progressão do texto, percebe-se que o autor


O jeitinho brasileiro

Não há sistema que impeça a aplicação da “Lei de Gérson”.

A propaganda de cigarros com o jogador Gérson, nos anos 70, cultuava a mentalidade de tirar vantagem em tudo. A filosofia mais vívida no povo brasileiro, eternizada em sambas de Bezerra da Silva, é a de que malandro é malandro, mané é mané. (01)

(02) A cultura de passar os outros para trás é uma característica tão marcante dos brasileiros (04) que deixou as carpetas de jogos e transferiu-se para a prática quase diária, tornando-se mundialmente famosa. (03) O jeitinho brasileiro é um selo de marca registrada, tornou-se uma forma de fazer as coisas(05) da maneira mais fácil, menos trabalhosa e que, às vezes, traz algum retorno.

O problema (06) é que o jeitinho se transferiu para o âmbito jurídico e fez do Brasil o país das leis que não são cumpridas. Até mesmo a Constituição aplaude a malandragem. O cidadão não é obrigado a produzir provas contra si mesmo. O maior exemplo é a Lei Seca, elaborada para acabar com o estratosférico número de mortes no trânsito, causado, comprovadamente, por embriaguez ao volante. Foi preciso chegar ao rigor zero para que a lei seja cumprida, mas, ainda assim, a Procuradoria-Geral da União contesta no Supremo Tribunal, alegando que é inconstitucional. (07)

Há quem considere, no entanto, que (08) o jeitinho brasileiro nem sempre é uma coisa “ruim”. Há alguns anos, era muito comum a comercialização das fichas de passagens do transporte coletivo. As transações nas paradas de ônibus viraram uma prática quase profissional, o que garantia renda para alguns ambulantes. Os que negociavam vale-transporte dessa forma viam, na venda, uma alternativa para fomentar os salários, (09) que até hoje estão aquém das necessidades da população. A implantação de um sistema de cartão de crédito com passagens não evitou o comércio por muito tempo, e a prática está novamente na rua. O jeitinho brasileiro é isto: procurar uma falha no sistema e usá-la a seu favor.

(http://www.iornalminuano.com.br/noticia.php?id=85504&data=15/03/2013&ok=1 Editorial acessado em 17 de março de 2013 (adaptado))

Considere a expressão “malandro é malandro, mané é mané” (01) e preencha os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).

($\quad$) A frase se vale dos recursos da oposição de ideias e da repetição, os quais lhe conferem maior expressividade.

($\quad$) A substituição de “malandro é malandro” por “astuto é astuto” deixaria os termos da frase com o mesmo grau de formalidade.

($\quad$) A vírgula poderia ser substituída por ponto e vírgula, recurso que destacaria a índole dos dois tipos.

($\quad$) O termo “mané” contém carga negativa, estando empregado em sentido pejorativo.

($\quad$) O segundo elemento de cada oração funciona como adjetivo.

A alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo, é:


O jeitinho brasileiro

Não há sistema que impeça a aplicação da “Lei de Gérson”.

A propaganda de cigarros com o jogador Gérson, nos anos 70, cultuava a mentalidade de tirar vantagem em tudo. A filosofia mais vívida no povo brasileiro, eternizada em sambas de Bezerra da Silva, é a de que malandro é malandro, mané é mané. (01)

(02) A cultura de passar os outros para trás é uma característica tão marcante dos brasileiros (04) que deixou as carpetas de jogos e transferiu-se para a prática quase diária, tornando-se mundialmente famosa. (03) O jeitinho brasileiro é um selo de marca registrada, tornou-se uma forma de fazer as coisas(05) da maneira mais fácil, menos trabalhosa e que, às vezes, traz algum retorno.

O problema (06) é que o jeitinho se transferiu para o âmbito jurídico e fez do Brasil o país das leis que não são cumpridas. Até mesmo a Constituição aplaude a malandragem. O cidadão não é obrigado a produzir provas contra si mesmo. O maior exemplo é a Lei Seca, elaborada para acabar com o estratosférico número de mortes no trânsito, causado, comprovadamente, por embriaguez ao volante. Foi preciso chegar ao rigor zero para que a lei seja cumprida, mas, ainda assim, a Procuradoria-Geral da União contesta no Supremo Tribunal, alegando que é inconstitucional. (07)

Há quem considere, no entanto, que (08) o jeitinho brasileiro nem sempre é uma coisa “ruim”. Há alguns anos, era muito comum a comercialização das fichas de passagens do transporte coletivo. As transações nas paradas de ônibus viraram uma prática quase profissional, o que garantia renda para alguns ambulantes. Os que negociavam vale-transporte dessa forma viam, na venda, uma alternativa para fomentar os salários, (09) que até hoje estão aquém das necessidades da população. A implantação de um sistema de cartão de crédito com passagens não evitou o comércio por muito tempo, e a prática está novamente na rua. O jeitinho brasileiro é isto: procurar uma falha no sistema e usá-la a seu favor.

(http://www.iornalminuano.com.br/noticia.php?id=85504&data=15/03/2013&ok=1 Editorial acessado em 17 de março de 2013 (adaptado))

Considere as possibilidades de reescrita do primeiro período do segundo parágrafo (02 e 03), mantendo a correção e o sentido.

  1. I. Característica extremamente marcante dos brasileiros, a cultura de passar os outros para trás transferiu-se das carpetas de jogos para a prática quase diária, tornando-se mundialmente famosa.

  2. II. Por que é uma característica muito marcante dos brasileiros, a cultura de passar os outros para trás, ficou mundialmente famosa, tendo deixado as carpetas dos jogos e se transferido para a prática quase diária.

  3. III. Por ser uma característica muito marcante dos brasileiros, a cultura de passar os outros para trás deixou as carpetas de jogos e foi transferida para a prática quase diária, ganhando fama internacional.

  4. IV. A cultura de passar os outros para trás é uma cultura muito marcante dos brasileiros por ter deixado as carpetas de jogos e se transferido para a prática quase diária quando se tornou mundialmente famosa.

As orações corretas e coerentes são


O jeitinho brasileiro

Não há sistema que impeça a aplicação da “Lei de Gérson”.

A propaganda de cigarros com o jogador Gérson, nos anos 70, cultuava a mentalidade de tirar vantagem em tudo. A filosofia mais vívida no povo brasileiro, eternizada em sambas de Bezerra da Silva, é a de que malandro é malandro, mané é mané. (01)

(02) A cultura de passar os outros para trás é uma característica tão marcante dos brasileiros (04) que deixou as carpetas de jogos e transferiu-se para a prática quase diária, tornando-se mundialmente famosa. (03) O jeitinho brasileiro é um selo de marca registrada, tornou-se uma forma de fazer as coisas(05) da maneira mais fácil, menos trabalhosa e que, às vezes, traz algum retorno.

O problema (06) é que o jeitinho se transferiu para o âmbito jurídico e fez do Brasil o país das leis que não são cumpridas. Até mesmo a Constituição aplaude a malandragem. O cidadão não é obrigado a produzir provas contra si mesmo. O maior exemplo é a Lei Seca, elaborada para acabar com o estratosférico número de mortes no trânsito, causado, comprovadamente, por embriaguez ao volante. Foi preciso chegar ao rigor zero para que a lei seja cumprida, mas, ainda assim, a Procuradoria-Geral da União contesta no Supremo Tribunal, alegando que é inconstitucional. (07)

Há quem considere, no entanto, que (08) o jeitinho brasileiro nem sempre é uma coisa “ruim”. Há alguns anos, era muito comum a comercialização das fichas de passagens do transporte coletivo. As transações nas paradas de ônibus viraram uma prática quase profissional, o que garantia renda para alguns ambulantes. Os que negociavam vale-transporte dessa forma viam, na venda, uma alternativa para fomentar os salários, (09) que até hoje estão aquém das necessidades da população. A implantação de um sistema de cartão de crédito com passagens não evitou o comércio por muito tempo, e a prática está novamente na rua. O jeitinho brasileiro é isto: procurar uma falha no sistema e usá-la a seu favor.

(http://www.iornalminuano.com.br/noticia.php?id=85504&data=15/03/2013&ok=1 Editorial acessado em 17 de março de 2013 (adaptado))

Marque a alternativa que apresenta a afirmação correta sobre o emprego da palavra “que” no texto.


Carregando...