PUC-RS 2007 Português - Questões
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TEXTO 1
Pelo fim da “showblicidade” de cerveja
Em julho de 1990 pude visitar algumas cidades do Leste europeu que estavam saindo da ditadura socialista e entrando na economia de mercado. Permaneci um mês entre Praga, Bratislava e Budapeste. Em Praga e Bratislava não havia publicidade de coisa nenhuma.(11) Tudo era estatal e de escassa qualidade. Senti saudades do trabalho dos publicitários, das informações e dos atrativos de nossos produtos. Digo isso para deixar bem claro que não sou contra a publicidade comercial.
Porém, há muito que no Brasil a publicidade –(12) sobretudo a tele publicidade –(01)(12) deixou de ser informativa para se tornar persuasiva e voraz. Perdeu aquela certa ingenuidade(06) de ovelha (02) que a tornava até simpática. (13) Adotou estilo lobo voraz, mesmo com roupa de carneiro.
A publicidade não trabalha mais apenas com o desejo de informar e de competir mostrando a qualidade do produto. Ela quer vender a qualquer custo,(02) servindo-se(07) de mecanismos psicológicos de indução ao consumo. Apoderou-se de várias festas populares, como o Dia da Criança e o Dia das Mães, impondo a elas apenas sentido comercial. Cria e descria(03) diariamente VIPs (very important person), cuja finalidade é vender qualquer coisa - de revistas de fofocas a CDs de duvidoso valor cultural – aos NIPs (no important person).
A publicidade comercial televisiva está criando até(08) um ser humano diferente, cada dia menos homo sapiens e mais homo bobo(04) consumista, mostrando um mundo sempre bonitinho, onde nada dá errado. E é com tal mecanismo maquiador da realidade que ela faz também publicidade de cerveja,(14) ou melhor,(14) “showblicidade”(05) de cerveja: criou uma “cultura da obrigatoriedade do álcool” em festas de qualquer tipo, como se fosse ingrediente capaz de promover(09) felicidade. Todas as publicidades de cerveja que existem no Brasil mostram pessoas felizes, realizadas porque bebem esta ou aquela marca. Mas a verdade é outra: de cerveja(10) se morre.
(Fábio Régio Bento www.iornaldedebates.ig.com.br (fragmento adaptado).)
Com as informações do texto, o leitor pode responder a apenas uma das perguntas abaixo. Qual é ela?
TEXTO 1
Pelo fim da “showblicidade” de cerveja
Em julho de 1990 pude visitar algumas cidades do Leste europeu que estavam saindo da ditadura socialista e entrando na economia de mercado. Permaneci um mês entre Praga, Bratislava e Budapeste. Em Praga e Bratislava não havia publicidade de coisa nenhuma.(11) Tudo era estatal e de escassa qualidade. Senti saudades do trabalho dos publicitários, das informações e dos atrativos de nossos produtos. Digo isso para deixar bem claro que não sou contra a publicidade comercial.
Porém, há muito que no Brasil a publicidade –(12) sobretudo a tele publicidade –(01)(12) deixou de ser informativa para se tornar persuasiva e voraz. Perdeu aquela certa ingenuidade(06) de ovelha (02) que a tornava até simpática. (13) Adotou estilo lobo voraz, mesmo com roupa de carneiro.
A publicidade não trabalha mais apenas com o desejo de informar e de competir mostrando a qualidade do produto. Ela quer vender a qualquer custo,(02) servindo-se(07) de mecanismos psicológicos de indução ao consumo. Apoderou-se de várias festas populares, como o Dia da Criança e o Dia das Mães, impondo a elas apenas sentido comercial. Cria e descria(03) diariamente VIPs (very important person), cuja finalidade é vender qualquer coisa - de revistas de fofocas a CDs de duvidoso valor cultural – aos NIPs (no important person).
A publicidade comercial televisiva está criando até(08) um ser humano diferente, cada dia menos homo sapiens e mais homo bobo(04) consumista, mostrando um mundo sempre bonitinho, onde nada dá errado. E é com tal mecanismo maquiador da realidade que ela faz também publicidade de cerveja,(14) ou melhor,(14) “showblicidade”(05) de cerveja: criou uma “cultura da obrigatoriedade do álcool” em festas de qualquer tipo, como se fosse ingrediente capaz de promover(09) felicidade. Todas as publicidades de cerveja que existem no Brasil mostram pessoas felizes, realizadas porque bebem esta ou aquela marca. Mas a verdade é outra: de cerveja(10) se morre.
(Fábio Régio Bento www.iornaldedebates.ig.com.br (fragmento adaptado).)
Pela leitura do texto, é correto concluir que o autor
TEXTO 1
Pelo fim da “showblicidade” de cerveja
Em julho de 1990 pude visitar algumas cidades do Leste europeu que estavam saindo da ditadura socialista e entrando na economia de mercado. Permaneci um mês entre Praga, Bratislava e Budapeste. Em Praga e Bratislava não havia publicidade de coisa nenhuma.(11) Tudo era estatal e de escassa qualidade. Senti saudades do trabalho dos publicitários, das informações e dos atrativos de nossos produtos. Digo isso para deixar bem claro que não sou contra a publicidade comercial.
Porém, há muito que no Brasil a publicidade –(12) sobretudo a tele publicidade –(01)(12) deixou de ser informativa para se tornar persuasiva e voraz. Perdeu aquela certa ingenuidade(06) de ovelha (02) que a tornava até simpática. (13) Adotou estilo lobo voraz, mesmo com roupa de carneiro.
A publicidade não trabalha mais apenas com o desejo de informar e de competir mostrando a qualidade do produto. Ela quer vender a qualquer custo,(02) servindo-se(07) de mecanismos psicológicos de indução ao consumo. Apoderou-se de várias festas populares, como o Dia da Criança e o Dia das Mães, impondo a elas apenas sentido comercial. Cria e descria(03) diariamente VIPs (very important person), cuja finalidade é vender qualquer coisa - de revistas de fofocas a CDs de duvidoso valor cultural – aos NIPs (no important person).
A publicidade comercial televisiva está criando até(08) um ser humano diferente, cada dia menos homo sapiens e mais homo bobo(04) consumista, mostrando um mundo sempre bonitinho, onde nada dá errado. E é com tal mecanismo maquiador da realidade que ela faz também publicidade de cerveja,(14) ou melhor,(14) “showblicidade”(05) de cerveja: criou uma “cultura da obrigatoriedade do álcool” em festas de qualquer tipo, como se fosse ingrediente capaz de promover(09) felicidade. Todas as publicidades de cerveja que existem no Brasil mostram pessoas felizes, realizadas porque bebem esta ou aquela marca. Mas a verdade é outra: de cerveja(10) se morre.
(Fábio Régio Bento www.iornaldedebates.ig.com.br (fragmento adaptado).)
Responder à questão preenchendo os parênteses com V para verdadeiro e F para falso.
($\quad$) “telepublicidade” (01) é composta por dois elementos significativos.
($\quad$) “ovelha” está para “desejo de informar e de competir” assim como “lobo voraz” está para “vender a qualquer custo” (02).
($\quad$) é possível compreender a palavra “descria” (03), não registrada no dicionário, observando seus elementos constituintes e o contexto.
($\quad$) “homo sapiens" e “homo bobo" (04) atribuem características opostas ao ser humano.
($\quad$) na formação de “showblicidade” (05), ocorre perda de parte de um dos elementos significativos.
O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
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Pelo fim da “showblicidade” de cerveja
Em julho de 1990 pude visitar algumas cidades do Leste europeu que estavam saindo da ditadura socialista e entrando na economia de mercado. Permaneci um mês entre Praga, Bratislava e Budapeste. Em Praga e Bratislava não havia publicidade de coisa nenhuma.(11) Tudo era estatal e de escassa qualidade. Senti saudades do trabalho dos publicitários, das informações e dos atrativos de nossos produtos. Digo isso para deixar bem claro que não sou contra a publicidade comercial.
Porém, há muito que no Brasil a publicidade –(12) sobretudo a tele publicidade –(01)(12) deixou de ser informativa para se tornar persuasiva e voraz. Perdeu aquela certa ingenuidade(06) de ovelha (02) que a tornava até simpática. (13) Adotou estilo lobo voraz, mesmo com roupa de carneiro.
A publicidade não trabalha mais apenas com o desejo de informar e de competir mostrando a qualidade do produto. Ela quer vender a qualquer custo,(02) servindo-se(07) de mecanismos psicológicos de indução ao consumo. Apoderou-se de várias festas populares, como o Dia da Criança e o Dia das Mães, impondo a elas apenas sentido comercial. Cria e descria(03) diariamente VIPs (very important person), cuja finalidade é vender qualquer coisa - de revistas de fofocas a CDs de duvidoso valor cultural – aos NIPs (no important person).
A publicidade comercial televisiva está criando até(08) um ser humano diferente, cada dia menos homo sapiens e mais homo bobo(04) consumista, mostrando um mundo sempre bonitinho, onde nada dá errado. E é com tal mecanismo maquiador da realidade que ela faz também publicidade de cerveja,(14) ou melhor,(14) “showblicidade”(05) de cerveja: criou uma “cultura da obrigatoriedade do álcool” em festas de qualquer tipo, como se fosse ingrediente capaz de promover(09) felicidade. Todas as publicidades de cerveja que existem no Brasil mostram pessoas felizes, realizadas porque bebem esta ou aquela marca. Mas a verdade é outra: de cerveja(10) se morre.
(Fábio Régio Bento www.iornaldedebates.ig.com.br (fragmento adaptado).)
Resolver a questão considerando o sentido das palavras/expressões de cada par.
1. “Ingenuidade” (06) - “complacência”
2. “Servindo-se de” (07) - “utilizando”
3. “Até” (08) - “inclusive”
4. “Promover” (09) - “elevar”
5. “De cerveja” (10) - “devido à cerveja”
As duas expressões são equivalentes em sentido apenas no caso de
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Pelo fim da “showblicidade” de cerveja
Em julho de 1990 pude visitar algumas cidades do Leste europeu que estavam saindo da ditadura socialista e entrando na economia de mercado. Permaneci um mês entre Praga, Bratislava e Budapeste. Em Praga e Bratislava não havia publicidade de coisa nenhuma.(11) Tudo era estatal e de escassa qualidade. Senti saudades do trabalho dos publicitários, das informações e dos atrativos de nossos produtos. Digo isso para deixar bem claro que não sou contra a publicidade comercial.
Porém, há muito que no Brasil a publicidade –(12) sobretudo a tele publicidade –(01)(12) deixou de ser informativa para se tornar persuasiva e voraz. Perdeu aquela certa ingenuidade(06) de ovelha (02) que a tornava até simpática. (13) Adotou estilo lobo voraz, mesmo com roupa de carneiro.
A publicidade não trabalha mais apenas com o desejo de informar e de competir mostrando a qualidade do produto. Ela quer vender a qualquer custo,(02) servindo-se(07) de mecanismos psicológicos de indução ao consumo. Apoderou-se de várias festas populares, como o Dia da Criança e o Dia das Mães, impondo a elas apenas sentido comercial. Cria e descria(03) diariamente VIPs (very important person), cuja finalidade é vender qualquer coisa - de revistas de fofocas a CDs de duvidoso valor cultural – aos NIPs (no important person).
A publicidade comercial televisiva está criando até(08) um ser humano diferente, cada dia menos homo sapiens e mais homo bobo(04) consumista, mostrando um mundo sempre bonitinho, onde nada dá errado. E é com tal mecanismo maquiador da realidade que ela faz também publicidade de cerveja,(14) ou melhor,(14) “showblicidade”(05) de cerveja: criou uma “cultura da obrigatoriedade do álcool” em festas de qualquer tipo, como se fosse ingrediente capaz de promover(09) felicidade. Todas as publicidades de cerveja que existem no Brasil mostram pessoas felizes, realizadas porque bebem esta ou aquela marca. Mas a verdade é outra: de cerveja(10) se morre.
(Fábio Régio Bento www.iornaldedebates.ig.com.br (fragmento adaptado).)
Responder à questão considerando as possibilidades de substituição para a pontuação do texto numeradas a seguir.
I) Substituir o ponto (11) por dois-pontos, seguidos de letra minúscula.
II) Utilizar parênteses em vez de travessões, nas (12).
III) Substituir o ponto da (13) por ponto-e-vírgula, seguido de letra minúscula.
IV) Suprimir as vírgulas da (14).
As possibilidades corretas de substituição são, apenas,
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