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Texto I

Felicidade suprema

Às vezes vale a pena pensar sobre a vida.(1) Não sobre o que temos ou não consumido,(31) tampouco a respeito(36) do que fizemos ou deixamos de fazer. São aspectos factuais que, mais do que ajudar(34) em uma reflexão mais profunda,(15) tornam-se barreiras(18) ao pensamento abstrato,(25) aquele em que vamos encontrar as verdadeiras significações.(22) Chegamos quase à ideia de Platão,(28) mas aí já o terreno é extremamente perigoso e podemos nos enredar.(24)

Tentar entender o que é a felicidade talvez seja um dos caminhos para se chegar ao sentido da vida.(4) É um assunto para o qual não há dona de álbum(27) de pensamentos(37) que não tenha uma resposta pronta:(23) a felicidade não existe. Existem momentos felizes.(39) Essa é uma verdade chocantemente inofensiva,(10) pois não chega a pensar o que seja a felicidade como também não esclarece o que são tais momentos felizes.

Pois bem, o assunto me ocorre ao me lembrar(11) de que vivemos em uma sociedade(19) excessivamente consumista,(3) sociedade em que a maioria considera-se feliz se pode comprar.(37) Assim é o capitalismo: entranha-se em nossa consciência essa aparência de verdade fazendo parecer que os interesses de alguns sejam verdades inquestionáveis.(8) O que é bom para mim tem de ser(29) bom para todos.(17) Isso tem o nome de ideologia,(38) palavra tão surrada quão pouco entendida. E haja propaganda para que a máquina continue girando.(9) Não sou contra o consumo, declaro desde já, mas contra o consumismo. Elevar o consumo de bens materiais(21) (principalmente) como o bem supremo(16) de um ser humano é tirar-lhe toda a humanidade.(5)

[...]

Schopenhauer, filósofo do século XIX,(30) já vislumbrava(40) nossa época,(12) a sociedade do consumismo desenfreado.(35) Ele afirmava que o desejo é a regência do mundo.(2) E que desejamos o que não temos.(20) Portanto, somos infelizes. E se o desejo é satisfeito com a obtenção de seu objeto,(32) novos objetos surgem em seu caminho.(50) Esta insaciabilidade do ser humano(33) é que o vai manter preso à infelicidade.(6)

Bem, e a que chegamos? Enquanto alguém que circule melhor do que eu pela filosofia,(13) que mal tangencio como curioso,(14) vou continuar pensando que a vida não tem sentido, apenas existência. E isso, um pouco à maneira do Alberto Caeiro,(7) para quem pensar é estar doente.

BRAFF, Menalton. Felicidade suprema. Disponível em: . Acesso em: 22 fev. 2012. (Adaptado).

Que frase sintetiza a ideia central do texto I?


Texto I

Felicidade suprema

Às vezes vale a pena pensar sobre a vida.(1) Não sobre o que temos ou não consumido,(31) tampouco a respeito(36) do que fizemos ou deixamos de fazer. São aspectos factuais que, mais do que ajudar(34) em uma reflexão mais profunda,(15) tornam-se barreiras(18) ao pensamento abstrato,(25) aquele em que vamos encontrar as verdadeiras significações.(22) Chegamos quase à ideia de Platão,(28) mas aí já o terreno é extremamente perigoso e podemos nos enredar.(24)

Tentar entender o que é a felicidade talvez seja um dos caminhos para se chegar ao sentido da vida.(4) É um assunto para o qual não há dona de álbum(27) de pensamentos(37) que não tenha uma resposta pronta:(23) a felicidade não existe. Existem momentos felizes.(39) Essa é uma verdade chocantemente inofensiva,(10) pois não chega a pensar o que seja a felicidade como também não esclarece o que são tais momentos felizes.

Pois bem, o assunto me ocorre ao me lembrar(11) de que vivemos em uma sociedade(19) excessivamente consumista,(3) sociedade em que a maioria considera-se feliz se pode comprar.(37) Assim é o capitalismo: entranha-se em nossa consciência essa aparência de verdade fazendo parecer que os interesses de alguns sejam verdades inquestionáveis.(8) O que é bom para mim tem de ser(29) bom para todos.(17) Isso tem o nome de ideologia,(38) palavra tão surrada quão pouco entendida. E haja propaganda para que a máquina continue girando.(9) Não sou contra o consumo, declaro desde já, mas contra o consumismo. Elevar o consumo de bens materiais(21) (principalmente) como o bem supremo(16) de um ser humano é tirar-lhe toda a humanidade.(5)

[...]

Schopenhauer, filósofo do século XIX,(30) já vislumbrava(40) nossa época,(12) a sociedade do consumismo desenfreado.(35) Ele afirmava que o desejo é a regência do mundo.(2) E que desejamos o que não temos.(20) Portanto, somos infelizes. E se o desejo é satisfeito com a obtenção de seu objeto,(32) novos objetos surgem em seu caminho.(50) Esta insaciabilidade do ser humano(33) é que o vai manter preso à infelicidade.(6)

Bem, e a que chegamos? Enquanto alguém que circule melhor do que eu pela filosofia,(13) que mal tangencio como curioso,(14) vou continuar pensando que a vida não tem sentido, apenas existência. E isso, um pouco à maneira do Alberto Caeiro,(7) para quem pensar é estar doente.

BRAFF, Menalton. Felicidade suprema. Disponível em: . Acesso em: 22 fev. 2012. (Adaptado).

Observe as orações a seguir, referentes ao texto I.

  1. I) “Às vezes vale a pena pensar sobre a vida.” (1) (O acento grave foi usado por causa da locução adverbial feminina)

  2. II) “[...] que o vai manter preso à infelicidade." (6) (O acento grave foi usado para desfazer ambiguidade)

  3. III) "[...] um pouco à maneira do Alberto Caeiro [...]." (7) (O acento grave foi usado por causa da locução adverbial feminina)

Assinale a opção correta quanto à justificativa para o uso do acento indicativo de crase.


Texto I

Felicidade suprema

Às vezes vale a pena pensar sobre a vida.(1) Não sobre o que temos ou não consumido,(31) tampouco a respeito(36) do que fizemos ou deixamos de fazer. São aspectos factuais que, mais do que ajudar(34) em uma reflexão mais profunda,(15) tornam-se barreiras(18) ao pensamento abstrato,(25) aquele em que vamos encontrar as verdadeiras significações.(22) Chegamos quase à ideia de Platão,(28) mas aí já o terreno é extremamente perigoso e podemos nos enredar.(24)

Tentar entender o que é a felicidade talvez seja um dos caminhos para se chegar ao sentido da vida.(4) É um assunto para o qual não há dona de álbum(27) de pensamentos(37) que não tenha uma resposta pronta:(23) a felicidade não existe. Existem momentos felizes.(39) Essa é uma verdade chocantemente inofensiva,(10) pois não chega a pensar o que seja a felicidade como também não esclarece o que são tais momentos felizes.

Pois bem, o assunto me ocorre ao me lembrar(11) de que vivemos em uma sociedade(19) excessivamente consumista,(3) sociedade em que a maioria considera-se feliz se pode comprar.(37) Assim é o capitalismo: entranha-se em nossa consciência essa aparência de verdade fazendo parecer que os interesses de alguns sejam verdades inquestionáveis.(8) O que é bom para mim tem de ser(29) bom para todos.(17) Isso tem o nome de ideologia,(38) palavra tão surrada quão pouco entendida. E haja propaganda para que a máquina continue girando.(9) Não sou contra o consumo, declaro desde já, mas contra o consumismo. Elevar o consumo de bens materiais(21) (principalmente) como o bem supremo(16) de um ser humano é tirar-lhe toda a humanidade.(5)

[...]

Schopenhauer, filósofo do século XIX,(30) já vislumbrava(40) nossa época,(12) a sociedade do consumismo desenfreado.(35) Ele afirmava que o desejo é a regência do mundo.(2) E que desejamos o que não temos.(20) Portanto, somos infelizes. E se o desejo é satisfeito com a obtenção de seu objeto,(32) novos objetos surgem em seu caminho.(50) Esta insaciabilidade do ser humano(33) é que o vai manter preso à infelicidade.(6)

Bem, e a que chegamos? Enquanto alguém que circule melhor do que eu pela filosofia,(13) que mal tangencio como curioso,(14) vou continuar pensando que a vida não tem sentido, apenas existência. E isso, um pouco à maneira do Alberto Caeiro,(7) para quem pensar é estar doente.

BRAFF, Menalton. Felicidade suprema. Disponível em: . Acesso em: 22 fev. 2012. (Adaptado).

Qual das orações abaixo, retiradas do texto I, traz o objeto direto em destaque?


Texto I

Felicidade suprema

Às vezes vale a pena pensar sobre a vida.(1) Não sobre o que temos ou não consumido,(31) tampouco a respeito(36) do que fizemos ou deixamos de fazer. São aspectos factuais que, mais do que ajudar(34) em uma reflexão mais profunda,(15) tornam-se barreiras(18) ao pensamento abstrato,(25) aquele em que vamos encontrar as verdadeiras significações.(22) Chegamos quase à ideia de Platão,(28) mas aí já o terreno é extremamente perigoso e podemos nos enredar.(24)

Tentar entender o que é a felicidade talvez seja um dos caminhos para se chegar ao sentido da vida.(4) É um assunto para o qual não há dona de álbum(27) de pensamentos(37) que não tenha uma resposta pronta:(23) a felicidade não existe. Existem momentos felizes.(39) Essa é uma verdade chocantemente inofensiva,(10) pois não chega a pensar o que seja a felicidade como também não esclarece o que são tais momentos felizes.

Pois bem, o assunto me ocorre ao me lembrar(11) de que vivemos em uma sociedade(19) excessivamente consumista,(3) sociedade em que a maioria considera-se feliz se pode comprar.(37) Assim é o capitalismo: entranha-se em nossa consciência essa aparência de verdade fazendo parecer que os interesses de alguns sejam verdades inquestionáveis.(8) O que é bom para mim tem de ser(29) bom para todos.(17) Isso tem o nome de ideologia,(38) palavra tão surrada quão pouco entendida. E haja propaganda para que a máquina continue girando.(9) Não sou contra o consumo, declaro desde já, mas contra o consumismo. Elevar o consumo de bens materiais(21) (principalmente) como o bem supremo(16) de um ser humano é tirar-lhe toda a humanidade.(5)

[...]

Schopenhauer, filósofo do século XIX,(30) já vislumbrava(40) nossa época,(12) a sociedade do consumismo desenfreado.(35) Ele afirmava que o desejo é a regência do mundo.(2) E que desejamos o que não temos.(20) Portanto, somos infelizes. E se o desejo é satisfeito com a obtenção de seu objeto,(32) novos objetos surgem em seu caminho.(50) Esta insaciabilidade do ser humano(33) é que o vai manter preso à infelicidade.(6)

Bem, e a que chegamos? Enquanto alguém que circule melhor do que eu pela filosofia,(13) que mal tangencio como curioso,(14) vou continuar pensando que a vida não tem sentido, apenas existência. E isso, um pouco à maneira do Alberto Caeiro,(7) para quem pensar é estar doente.

BRAFF, Menalton. Felicidade suprema. Disponível em: . Acesso em: 22 fev. 2012. (Adaptado).

Observe as frases a seguir, retiradas do texto I.

  1. I) "Enquanto alguém que circule melhor do que eu pela filosofia[...]." (13)

  2. II) "[...] que mal tangencio como curioso [...]." (14)

  3. III) "São aspectos factuais que, mais do que ajudar em uma reflexão mais profunda[...]." (15)

  4. IV) "Elevar o consumo de bens materiais (principalmente) como o bem supremo[...].” (16)

  5. V) "O que é bom para mim tem de ser bom para todos." (17)

Assinale a opção que apresenta, respectivamente, a antonímia das palavras destacadas acima.


Texto I

Felicidade suprema

Às vezes vale a pena pensar sobre a vida.(1) Não sobre o que temos ou não consumido,(31) tampouco a respeito(36) do que fizemos ou deixamos de fazer. São aspectos factuais que, mais do que ajudar(34) em uma reflexão mais profunda,(15) tornam-se barreiras(18) ao pensamento abstrato,(25) aquele em que vamos encontrar as verdadeiras significações.(22) Chegamos quase à ideia de Platão,(28) mas aí já o terreno é extremamente perigoso e podemos nos enredar.(24)

Tentar entender o que é a felicidade talvez seja um dos caminhos para se chegar ao sentido da vida.(4) É um assunto para o qual não há dona de álbum(27) de pensamentos(37) que não tenha uma resposta pronta:(23) a felicidade não existe. Existem momentos felizes.(39) Essa é uma verdade chocantemente inofensiva,(10) pois não chega a pensar o que seja a felicidade como também não esclarece o que são tais momentos felizes.

Pois bem, o assunto me ocorre ao me lembrar(11) de que vivemos em uma sociedade(19) excessivamente consumista,(3) sociedade em que a maioria considera-se feliz se pode comprar.(37) Assim é o capitalismo: entranha-se em nossa consciência essa aparência de verdade fazendo parecer que os interesses de alguns sejam verdades inquestionáveis.(8) O que é bom para mim tem de ser(29) bom para todos.(17) Isso tem o nome de ideologia,(38) palavra tão surrada quão pouco entendida. E haja propaganda para que a máquina continue girando.(9) Não sou contra o consumo, declaro desde já, mas contra o consumismo. Elevar o consumo de bens materiais(21) (principalmente) como o bem supremo(16) de um ser humano é tirar-lhe toda a humanidade.(5)

[...]

Schopenhauer, filósofo do século XIX,(30) já vislumbrava(40) nossa época,(12) a sociedade do consumismo desenfreado.(35) Ele afirmava que o desejo é a regência do mundo.(2) E que desejamos o que não temos.(20) Portanto, somos infelizes. E se o desejo é satisfeito com a obtenção de seu objeto,(32) novos objetos surgem em seu caminho.(50) Esta insaciabilidade do ser humano(33) é que o vai manter preso à infelicidade.(6)

Bem, e a que chegamos? Enquanto alguém que circule melhor do que eu pela filosofia,(13) que mal tangencio como curioso,(14) vou continuar pensando que a vida não tem sentido, apenas existência. E isso, um pouco à maneira do Alberto Caeiro,(7) para quem pensar é estar doente.

BRAFF, Menalton. Felicidade suprema. Disponível em: . Acesso em: 22 fev. 2012. (Adaptado).

Dentre as frases apresentadas abaixo, retiradas do texto I, assinale a opção na qual a palavra QUE remete a um antecedente.


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