A análise do tema modernidade, por pensadores clássicos da Sociologia, está presente também em autores contemporâneos, atentos às condições da sociedade atual. No século XIX, Karl Marx, em seu livro O Manifesto Comunista, de 1848, refere-se à sociedade burguesa de seu tempo como formação social em que tudo o que era sólido desmancha no ar, tudo que era sagrado é profanado, e as pessoas são finalmente forçadas a encarar com serenidade sua posição social e suas relações recíprocas.

(MARX, K.; ENGELS, F. O Manifesto Comunista. In: COUTINHO, C. N. et al. O Manifesto Comunista: 150 anos depois. Rio de Janeiro: Contraponto, 1998. p.11.)

Zigmunt Baumann, em Confiança e medo na cidade, afirma que se, entre as condições da modernidade sólida, a desventura mais temida era a incapacidade de se conformar, agora - depois da reviravolta da modernidade “líquida” – o espectro mais assustador é o da inadequação. Temor bem justificado quando consideramos a enorme desproporção entre a quantidade e a qualidade de recursos exigidos por uma produção efetiva de segurança do tipo “faça você mesmo”.

(Adaptado de: BAUMANN, Z. Confiança e medo na cidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009. p.21-22.)

Com base nesses trechos e nos conhecimentos sobre modernidade, apresente

  1. a) uma característica particular para Marx e uma para Baumann;

  2. b) duas características comuns para ambos os autores.