Leia o texto a seguir, escrito no século XVIII, sobre a cidade mineira de Mariana.

“E apesar de tudo o que se expõe, e que tanto conspira para se julgarem estas minas as mais pobres e desgraçadas das que vivem em sociedade; não é tão fácil afirmar delas este conceito, não se olhando mais que para o seu desmarcado comércio de importação, e vendo ao longe por entre a escassa luz de narrações adulteradas o seu luxo descomedido. Mas se atentar qualquer para o modo por que vivem e comerciam os vassalos de Sua Majestade neste país, verá que o ordinário deles pensa mal, e olha tão somente para uma falsa reputação, e trabalha por um falso brilhante no que pertence aos seus que de longe quer se lhe atribuam: pretendendo, à imitação dos cômicos e figuras teatrais, fingir com palhetas douradas ouro maciço e com vidros lapidados preciosa pedraria.”

(Representação da Câmara de Mariana, 1789. Apud SOUZA, Laura de Mello. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII. 2. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1986. p. 19.)

Com base na leitura do documento acima e nos conhecimentos sobre a mineração e o barroco, é correto afirmar: