Leia os poemas abaixo.

O engenheiro

A luz, o sol, o ar livre

Envolvem o sonho do engenheiro.

O engenheiro sonha coisas claras:

Superfícies, tênis, um copo de água.

O lápis, o esquadro, o papel;

O desenho, o projeto, o número:

O engenheiro pensa o mundo justo,

Mundo que nenhum véu encobre.

(Em certas tardes nós subíamos

ao edifício. A cidade diária,

como um jornal que todos liam,

ganhava um pulmão de cimento e vidro).

A água, o vento, a claridade,

De um lado o rio, no alto as nuvens,

Situavam na natureza o edifício

Crescendo de suas forças simples.

(MELO NETO, João Cabral de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 1995. p. 69-70.)

Pronominais

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco

Da Nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me dá um cigarro

(ANDRADE, Oswald de. Poesias reunidas. 5. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, [s.d.]. p. 177.)

Sobre os poemas, é INCORRETO afirmar: