Cantiga para adormecer Lulu
Lulu, lulu, lulu, lulu, vou fazer uma cantiga para o anjinho de São Paulo
que criava uma lombriga. (...)
A lombriga devorava seu pão, a banana, o doce, o queijo,
o pirão. (...)
Lulu, lulu, lulu, lulu, pois eu faço esta cantiga para o anjinho de São Paulo
que alimentava a lombriga.
(Cecília Meireles. Ou isto ou aquilo.)
No poema, a autora descreve a lombriga (Ascaris lumbricoides) no singular, como se fosse um único indivíduo, como ocorrem com as solitárias (Taenia solium). Diz, também, que a lombriga devorava todo alimento ingerido por Lulu.
a) Lombrigas e solitárias (tênias) não pertencem ao mesmo filo animal. Ao comparar o processo digestivo das lombrigas e da solitária, constata-se que o mais parecido com o dos seres humanos é o das lombrigas. Que características do filo das lombrigas e do filo da solitária permitem tal constatação?
b) Em geral, o alimento do hospedeiro já chega digerido até a lombriga e a solitária. Uma vez ingeridos, de que maneira os nutrientes são distribuídos a todas as partes do corpo desses animais?