Leia o soneto de Cláudio Manuel da Costa.

Onde estou? Este sítio desconheço: Quem fez tão diferente aquele prado? Tudo outra natureza tem tomado;
E em contemplá-lo tímido esmoreço.

Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço De estar a ela um dia reclinado; Ali em vale um monte está mudado:
Quanto pode dos anos o progresso!

Árvores aqui vi tão florescentes, Que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes.

Eu me engano: a região esta não era; Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera!

(Obras, 1996.)

São recursos expressivos e tema presentes no soneto, respectivamente,