Ontem a Serra Leoa,

A guerra, a caça ao leão,

O sono dormido à toa

Sob as tendas d’amplidão!

Hoje... o porão negro, fundo,

Infecto, apertado, imundo,

Tendo a peste por jaguar...

E o sono sempre cortado

Pelo arranco de um finado,

E o baque de um corpo ao mar...

Ontem plena liberdade,

A vontade por poder...

Hoje... cúm’lo de maldade,

Nem são livres p’ra morrer...

Prende-os a mesma corrente

— Férrea, lúgubre serpente —

Nas roscas da escravidão.

E assim roubados à morte,

Dança a lúgubre coorte

Ao som do açoite... Irrisão!...

(Castro Alves. Fragmento de O navio negreiro — tragédia no mar.)

Compare o trecho de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, com o fragmento do poema O navio negreiro — tragédia no mar, de Castro Alves. Indique a alternativa que apresenta aspectos observáveis nos dois textos.