Texto I

Perante a Morte empalidece e treme,

Treme perante a Morte, empalidece.

Coroa-te de lágrimas, esquece

O Mal cruel que nos abismos geme.

(Cruz e Souza, Perante a morte.)

Texto II

Tu choraste em presença da morte?

Na presença de estranhos choraste?

Não descende o cobarde do forte;

Pois choraste, meu filho não és!

(Gonçalves Dias, I Juca Pirama.)

Texto III

Corrente, que do peito destilada,

Sois por dous belos olhos despedida;

E por carmim correndo dividida,

Deixais o ser, levais a cor mudada.

(Gregório de Matos, Aos mesmos sentimentos.)

Texto IV

Chora, irmão pequeno, chora,

Porque chegou o momento da dor.

A própria dor é uma felicidade...

(Mário de Andrade, Rito do irmão pequeno.)

Texto V

Meu Deus! Meu Deus! Mas que bandeira

é esta,

Que impudente na gávea tripudia?!...

Silêncio! ...Musa! Chora, chora tanto

Que o pavilhão se lave no teu pranto...

(Castro Alves, O navio negreiro.)

Em apenas dois dos textos apresentados, as lágrimas são caracterizadas ou configuradas por meio da hipérbole. Os dois textos são: