Em dezembro de 2004, um tsunami varreu a costa de diversos países asiáticos e africanos, deixando aproximadamente 300 mil mortos e milhões de desabrigados. Vilas inteiras foram destruídas, enormes quantidades de sobreviventes precisaram caminhar dias até abrigos temporários, onde muitos vivem ainda hoje. Oito meses depois, o furacão Katrina chegou à costa do Golfo do México e colocou um milhão de norte-americanos na estrada. Nem seis semanas haviam se passado quando um terremoto de grandes proporções atingiu o sul da Ásia, numa tragédia que gerou inclusive acordos diplomáticos entre Índia e Paquistão - inimigos há décadas - para que a abertura da fronteira na região da Caxemira permitisse o fluxo de pessoas afetadas. Está cada vez mais claro que situações como estas são apenas a ponta de um grande iceberg. (...).
(Adaptado de André CAMPOS, Refugiados ambientais, 2006).
a) A partir do trecho acima, explique o que são "refugiados ambientais".
b) Explique por que se deve valorizar a criação de leis internacionais para a redução dos problemas socioespaciais gerados pelos refugiados ambientais.