O planejamento regional elaborado nesse contexto fundamentou-se num conceito distorcido de desenvolvimento, que estimula a acumulação de capital por grandes empresas e o uso predatório de recursos naturais.
O planejamento regional da SUDAM, atualmente Agência de Desenvolvimento da Amazônia, subordinado à sua finalidade geopolítica, baseou-se em estudos de pequena escala, inadequados para a definição das realidades sociais e vocações ecológicas de áreas de médias e pequenas dimensões.
O incremento populacional, com a criação da Zona Franca de Manaus, gerou um contingente estratégico para a ocupação da região, a qual sempre se ressentiu de mão de obra qualificada e controle de suas fronteiras.
A conquista da Amazônia deixou como herança um mosaico complexo no qual vastas áreas de paisagens naturais quase intactas intercalam-se com zonas de garimpo com enclaves onde se situam os grandes projetos e com corredores de devastação.
Uma das formas mais coerentes para se preservar o território amazônico seria um planejamento dentro da ótica de desenvolvimento sustentável, onde o ecoturismo absorveria boa parte da mão de obra local, tanto de forma direta como indireta.