Muitas vezes, quando pensamos em ritual, duas ideias nos vêm à mente: por um lado, a noção de que um ritual é algo formal e arcaico, quase que (5) desprovido de conteúdo, algo feito para celebrar momentos especiais e nada mais; por outro lado, podemos pensar que os rituais estão ligados apenas à esfera religiosa, a um culto ou a uma missa.
Segundo alguns autores, nossa vida de todos os dias - a vida social - é marcada por um eterno conflito entre dois opostos: ou o caos total, onde ninguém segue nenhuma regra ou lei, ou uma ordem absoluta, quando todos cumpririam à risca todas as regras e leis já estabelecidas. A visão desses opostos não deixa de ser engraçada: alguém consegue imaginar nossa sociedade funcionando de uma dessas maneiras? É evidente que não.
Dizemos que os rituais emprestam (2) formas convencionais e estilizadas para organizar certos aspectos da vida social, mas por que esta formalidade?
Ora, as formas estabelecidas para os diferentes rituais têm uma marca comum: a repetição. (1) Os rituais, executados repetidamente, conhecidos ou identificáveis (6) pelas pessoas, concedem (3) certa (7) segurança. Pela familiaridade com a(s) sequência(s) ritual(is), sabemos o que vai acontecer, celebramos nossa solidariedade, partilhamos sentimentos, enfim (8), temos uma sensação de coesão social. É assim que (9) entendemos: “cada ritual é um manifesto contra a indeterminação”. Através da repetição e da formalidade, elaboradas e determinadas pelos grupos sociais, os rituais demonstram (4) a ordem e a promessa de continuidade desses mesmos grupos.
(Adaptado de RODOLPHO, Adriane Luísa. Rituais, ritos de passagem e de iniciação: uma revisão da bibliografia antropológica. In: Estudos Teológicos, v. 44, n. 2, p. 138-146, 2004)
Analise as substituições sugeridas para as palavras ou expressões indicadas, preenchendo os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).
I. () “quase que” (5) por “quase”
II. () “identificáveis” (6) por “identificados”
III. () “certa” (7) por “alguma”
IV. () “enfim” (8) por “finalmente”
V. () “É assim que” (9) por “Consequentemente
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima pra baixo, é