Para responder à questão, leia o trecho da canção “Construção”, de Chico Buarque.
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego (...)
Com base no texto, preencha os parênteses com V para verdadeiro e F para falso.
() O trecho enaltece a criatividade do operário brasileiro, que dribla o processo de automatização no trabalho.
() Ao utilizar-se de uma série de comparações, Chico Buarque cria dois planos distintos: um concreto e outro abstrato.
() O ritmo dos versos é marcado pelas tônicas mais fortes, localizadas nas palavras proparoxítonas.
() No início dos versos, os verbos no tempo passado aproximam o poema de um texto narrativo.
() O poema sugere, do início ao fim, que os trabalhadores da construção civil ficam invisíveis na rotina da cidade.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é