“Há de se notar, em especial, que a dupla necessidade que os autores [...] sentiram de, por um lado, utilizar a insubstituível utensilagem intelectual do mundo greco-romano e de, por outro lado, vazá-la em moldes cristãos, facilitou ou criou, mesmo, hábitos intelectuais muito perniciosos: a sistemática deformação do pensamento dos autores, o perpétuo anacronismo, o raciocínio por citações isoladas do contexto. O pensamento antigo só humilhado, deformado e atomizado pelo pensamento cristão pôde sobreviver [...].”
(Adaptado de Jacques Le Goff, 1964, p. 151).
O fragmento do texto acima se refere: