Para responder à questão, leia o fragmento de Machado de Assis, de 1866, e o poema de Mario Quintana, de 1940, e analise as afirmativas.
TEXTO A
A explicação da minha recusa e do desamor com que eu via a minha prima estava no meu gênio solitário e contemplativo. Até aos quinze anos fui tido por idiota; dos quinze aos vinte chamavam-me poeta; e, se as palavras eram diferentes, o sentido que a minha família lhes dava era o mesmo. Era pouco de ser estimado um moço que não comungava nos mesmos passatempos da casa e via correr as horas na leitura e nas digressões pelo mato.
TEXTO B
Eu nada entendo da questão social.
Eu faço parte dela, simplesmente...
E sei apenas do meu próprio mal,
Que não é bem o mal de toda a gente,
Nem é deste Planeta... Por sinal
Que o mundo se lhe mostra indiferente!
E o meu Anjo da Guarda, ele somente,
É quem lê os meus versos afinal...
E enquanto o mundo em torno se esbarronda.
Vivo regendo estranhas contradanças
No meu vago País de Trebizonda...
Entre os Loucos, os Mortos e as Crianças.
É lá que eu canto, numa eterna ronda,
Nossos comuns desejos e esperanças! ...
I) O uso da primeira pessoa está de acordo com a temática dos textos, relacionada à afirmação da individualidade.
II) Os dois autores expressam uma atitude crítica frente aos interesses sociais que anulam os valores humanos.
III) Em contextos sociais muito distantes no tempo, os autores expressam, em gêneros diferentes, seu posicionamento.
Pela análise das afirmativas, conclui-se que está/estão correta(s):