A ciência em si

Se toda coincidência

Tende a que se entenda

E toda lenda

Quer chegar aqui

A ciência não se aprende

A ciência apreende

A ciência em si

Se toda estrela cadente

Cai pra fazer sentido

E todo mito

Quer ter carne aqui

A ciência não se ensina

A ciência insemina

A ciência em si

Se o que se pode ver, ouvir, pegar, medir, pesar

Do avião a jato ao jabuti

Desperta o que ainda não, não se pôde pensar

Do sono eterno ao eterno devir

Como a órbita da Terra abraça o vácuo devagar

Para alcançar o que já estava aqui

Se a crença quer se materializar

Tanto quanto a experiência quer se abstrair

A ciência não avança

A ciência alcança

A ciência em si

ARNALDO ANTUNES e GILBERTO GIL

Adaptado de fiocruz.br

A letra da música aborda a ciência como uma forma de compreensão do mundo. Um dos campos de investigação conhecidos é a biologia, que, antes dispersa em diferentes áreas, unifica-se a partir do século XX.

Nessa trajetória histórica, as ideias de Darwin, as leis da hereditariedade de Mendel e as descobertas da genética consolidaram um conjunto de explicações que, no domínio da biologia, são caracterizadas como: