Creonte:

Esperem um pouco

Eu preciso de alguém pra refletir

comigo se eu estou caduco, louco,

ou o mundo está ficando esquisito...

Fazem baderna, chiam, quebram trem,

Quebram estação, muito bem, bonito

E a gente inda tem que dizer amém

(...)

Jasão:

Não discuto quebrar...

quem às três da manhã tá de olho aberto,

se espreme pra chegar no emprego às sete,

lá passa o dia todo, volta às onze

da noite pra acordar a canivete

de novo às três, tinha que ser de bronze

pra fazer isso sempre, todo dia

(...)

Fragmento extraído da Gota d’água – uma tragédia brasileira, de Chico Buarque e Paulo Pontes.

Na resposta de Jasão a Creonte, o uso da palavra “agora”, sublinhada acima, possui função argumentativa, expressando sentido de: