DA EUFORIA À IRRELEVÂNCIA

A sigla BRIC - acrônimo para Brasil, Rússia, Índia e China - foi criada em 2001 pelo economista Jim O’Neil, num relatório que mostrava aos clientes do Banco Goldman Sachs o grande potencial econômico de tais países. Dois anos depois, o banco aprofundou a projeção em outro relatório, que sugeria que, em 50 anos, as economias dos BRIC seriam maiores do que a dos seis países mais ricos do mundo.

Daí até a construção de uma narrativa sobre o limiar de uma nova ordem geopolítica internacional foi um passo. Em 2010, a África do Sul foi admitida ao clube, e a sigla sofreu uma adição, tornando-se BRICS. Os números dos BRICS, de fato, impressionam.

No entanto, é preciso indagar se um grupo tão heterogêneo de países - e com interesses tão diversos - é capaz de formar um bloco coeso, com condições e com o propósito de se contrapor à hegemonia econômica americana.

(CLÁUDIO CAMARGO. Adaptado de Mundo Pangea, outubro/2015.)

Apresente duas características econômicas comuns aos BRICS que justifiquem as expectativas acerca desses países no início do século XXI. Em seguida, considerando a heterogeneidade do bloco, aponte duas diferenças entre seus integrantes, uma econômica e outra política.