O Rio é a cidade paradoxal. A cinquenta metros do Teatro Municipal, a vinte metros do Palácio das Belas Artes, a quinze metros de uma grandiosa biblioteca e do Supremo Tribunal de Justiça, podem-se ver as cabras pastando na encosta do Morro do Castelo.

(Adaptado de Revista da Semana, 31/07/1920)

O momento presente é de ação, porque o essencial é dar à cidade o asseio indispensável, terminar as obras de embelezamento desta cidade na qual a natureza encarregou-se de formar o quadro mais lindo que seria possível imaginar-se; e pôr em prática outros melhoramentos que permitam melhorar o que a arte humana não tem conseguido pôr à altura da beleza natural.

(CARLOS SAMPAIO (discurso de posse, 08/06/1920) Adaptado de LIPPI, Lúcia (org.). Cidade: história e desafios. Rio de Janeiro: FGV, 2002.)

Entre 1900 e 1930, a cidade do Rio de Janeiro sofreu reformas urbanas e ações de intervenção promovidas pela administração municipal, dentre as quais se destacou o arrasamento do Morro do Castelo, na gestão do prefeito Carlos Sampaio.

Com base na análise dos textos, a realização do arrasamento atendia à seguinte diretriz de governo: