O PORTO, AS AVENIDAS, OS CÃES...

TUDO ISSO AINDA PARECE UM SONHO!

Os primeiros navios que visitaram as águas da Guanabara, as caravelas de Martim Affonso de Souza e de Pero Góes, as náos de Villegaignon, as galés de Mem de Sá, - paravam no meio da bahia, como ainda hoje (...). O Rio de Janeiro ficou, durante quatro séculos, sem porto. (...)

É por isso que, a todos nós, ainda nos parece um sonho essa construcção de porto.

(O Malho, 13/06/1903. In: BRENNA, G. R. Del (org.) O Rio de Janeiro de Pereira Passos. Rio de Janeiro: Index, 1985.)

ALÔ, GUGGENHEIM

Há décadas, a região do Cais do Porto, situada numa zona oposta à ebulição imobiliária, foi abandonada, o que causou um envelhecimento de galpões e edifícios comerciais e históricos e a apropriação de logradouros públicos para o estacionamento cativo. Somem-se a isso graves conflitos fundiários, as influências negativas de bairros vizinhos que entraram em decadência a partir de um zoneamento de exclusivo uso comercial. Esta medida promoveu o êxodo dos residentes, descaracterizando e desvalorizando as áreas centrais da cidade.

(CASÉ, Paulo. O Globo, 11/02/2003.)

Considerado na época de sua construção como um dos melhores símbolos da modernização e saneamento da capital nacional, o porto do Rio de Janeiro tornou-se obsoleto antes de completar um século de existência, condenando a área da cidade onde ele se encontra à decadência urbana. A expectativa quanto aos terminais marítimos no Estado, hoje, concentra-se cada vez mais no porto de Sepetiba, situado no município de Itaguaí.

  1. a) Apresente uma explicação para o declínio do porto do Rio de Janeiro e outra para a ascensão do porto de Sepetiba.

  2. b) Cite dois exemplos de novas atividades que podem contribuir para a "revitalização" da zona portuária carioca.