A cultura não existe em seres humanos genéricos (1), em situações abstratas, mas em homens e mulheres concretos (2), pertencentes a este ou àquele (12) povo, a esta ou àquela classe, em determinado território, num regime político A ou B, dentro desta ou daquela realidade econômica.

Somente se poderá conceituar cultura como autorrealização da pessoa humana no seu mundo, numa interação dialética entre os dois, sempre em dimensão social. Algo que não se cristaliza apenas no plano do conhecimento teórico, mas também no da sensibilidade, da ação e da comunicação.

Na verdade, o ser humano não se caracteriza (9), exclusivamente (10), como conhecedor de dados e informações culturais. Ele é também (4) e principalmente (3) um agente de cultura, ainda que, muitas vezes, não tenha consciência disso. E agente cultural de atividade incessante (11), seja (5) caçando, para (13) matar a fome, seja (6) recorrendo a divindades, em oração, seja (7) ordenhando vacas, seja (8) operando computadores.

VANNUCCHI, Aldo. Cultura Brasileira. São Paulo: Ed. Loyola, p. 21.

Pode-se afirmar corretamente que o texto: