Texto III:

Comigo me desavim,

sou posto em todo perigo;

não posso viver comigo

nem posso fugir de mim.

(“Trovas” - Sá de Miranda - poeta português do século XVI)

Texto IV:

Quando não sei o que sinto

sei que o que sinto é o que sou.

Só o que não meço não minto.

(...)

De ponto a ponto rabisco

o mapa de onde não vou,

(...)

penetrável labirinto

em cujo centro não estou

mas apenas me pressinto

mero signo, simples mito.

(“Pessoana” - Paulo Henriques Britto - poeta brasileiro contemporâneo)

Considere as seguintes afirmações acerca dos textos III e IV.

  1. I) Os dois textos apresentam traços característicos do gênero lírico.

  2. II) Os dois textos convergem quanto à temática, na medida em que expressam a vivência conflituosa do eu.

  3. III) Os dois textos divergem quanto à forma, na medida em que só o texto III apresenta regularidade métrica e rímica, e o texto IV, versos livres.

Assinale: