Eu insulto o burguês! O burguês-níquel, o burguês-burguês! A digestão bem feita de São Paulo! O homem-curva! O homem-nádegas! O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

(Mário de Andrade)

Em seu “Prefácio interessantíssimo”, de Paulicéia desvairada, obra da qual se extraiu o fragmento transcrito, Mário de Andrade adverte:

“Aliás versos não se escrevem para leitura de olhos mudos. Versos cantam-se, urram-se, choram-se”.

Essas palavras e o que se lê no fragmento poético autorizam afirmar: