O trecho abaixo pertence ao capítulo VIII de A cidade e as serras, em que se narra a viagem de Jacinto a Tormes.
Trepávamos então alguma ruazinha de aldeia, dez ou doze casebres, sumidos entre figueiras, onde se esgaçava, fugindo do lar pela telha-vã o fumo branco e cheiroso das pinhas. Nos cerros remotos, por cima da negrura pensativa dos pinheirais, branquejavam ermidas. O ar fino e puro entrava na alma, e na alma espalhava alegria e força. Um esparso tilintar de chocalhos de guizos morria pelas quebradas...
Jacinto adiante, na sua égua ruça, murmurava:
Que beleza!
E eu atrás, no burro de Sancho, murmurava:
Que beleza!
Frescos ramos roçavam os nossos ombros com familiaridade e carinho.
(Eça de Queiroz, Obra Completa. Beatriz Berrini (org.). Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1997, Vol.II, pp. 561, grifos nossos.)
a) O que o trecho revela da visão de Jacinto sobre a aldeia e que afinidade existe entre essa visão e a de Alberto Caeiro no poema da questão anterior.
b) Explique a relação entre o protagonista e a paisagem nas duas frases sublinhadas.