A linguagem é figura do entendimento (...). Os bons falam virtudes e os maliciosos, maldades (...). Sabem falar os que entendem as coisas: porque das coisas nascem as palavras e não das palavras as coisas.

O trecho acima, extraído da primeira gramática da língua portuguesa (Fernão de Oliveira, 1536), tinha, na primeira edição dessa obra, a seguinte ortografia:

A Lingogem e figura do entendimento (...) os bos falão virtudes e os maliçiosos maldades (...) sabê falar os q êtêdê as cousas: porq das cousas naçê as palauras e não das palauras as cousas.

A ortografia do português já foi, portanto, bem diferente da atual, e houve momentos em que as pessoas que escreviam, gozavam de relativa liberdade na escolha das letras. Hoje em dia, a forma escrita da língua é regida por convenções ortográficas rígidas, que não devem ser desobedecidas em contextos mais formais.

Leia com atenção os trechos abaixo, tirados de edições de setembro de um jornal de São Paulo. Identifique as palavras em que foi violada a convenção ortográfica vigente. Escreva-as, em seguida, na forma correta.

— Os atuais ministro e prefeito são amissíssimos de longa data. — Mais de metade desses policiais extrapola os limites do dever por serem mau preparados. — Desde o início, o animal preferido em carrosséis é o cavalo, mas há exeções.