O disco enquadra-se na categoria canção de protesto, estética dominante nos anos 1970, quando artistas brasileiros marcaram posição contrária à ditadura civil-militar instaurada no país.

O disco, à semelhança de Tropicália ou Panis et Circencis , apresenta-se como um manifesto vanguardista em que cada canção rompe com a música tradicional brasileira; nesse sentido, é visível nele a influência da antropofagia modernista.

Os compositores dão ênfase especial ao conteúdo político das letras, deixando a forma cancional em segundo plano; trata-se de disco de intervenção no debate público dos anos 1970.

O disco, lançado em 1974, configura-se como álbum de excelência da música popular brasileira; reúne composições de Tom Jobim, algumas em parceria com Vinícius de Moraes e Chico Buarque, e interpretações de Elis Regina.

O disco reúne canções de amor compostas por Elis Regina e Tom Jobim, enquanto viviam exilados em Londres pela ditadura civil-militar brasileira.