Leia o texto abaixo.

O gaúcho arranca o couro e o estica, preso a estacas, ao sol. Do resto, o que não quiser, fica para os corvos. (...) Do povoado de Goya, os couros seguirão em viagem para o porto de Buenos Aires e atravessarão o mar até os curtumes de Liverpool. O preço terá sido multiplicado muitas vezes quando os couros regressarem ao rio da Prata, tempos depois, transformados em botas, sapatos e rebenques de manufatura britânica.

(GALEANO, Eduardo. Memórias do fogo. v. 2. Porto Alegre: LP & M, 2004. p. 160-161.)

O trecho faz referência ao contexto histórico da América Platina, do século XIX, e à