Leia os versos abaixo, referentes à conjuntura de contestação do domínio do Partido Republicano Rio-grandense, no governo do Rio Grande do Sul.

Veio ao mundo tão flaquito, Tão esmirrado e chochinho, Disse espantada a comadre: “Virgem do céu, Santo Padre!
Isto é gente ou passarinho?”

Tinha já mudado os dentes E andava de camisola O Chimango, um tramanzola, Molhava à noite o pelego; Tinha medo de morcego,
Corria, vendo pistola.

No meio da gurizada, Quando brincava de laço, Era o Chimango o paiaço, Nunca acertava pealo; E se montava a cavalo,
Não troteava... era no passo.

(JUVENAL, Amaro. Antonio Chimango: Poemeto campestre (sátira política). Pseud. de Ramiro Fortes Barcellos. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1982. p. 14 e 24. (estrofes 12, 44 e 45))

Esses versos, publicados por Ramiro Barcelos, influenciaram a designação de “chimangos”, aplicada a um grupo político identificado com a