A história não tem sido (1) favorável à Polônia (4) e à sua literatura. Os duzentos anos durante os quais (8) o país esteve dividido entre as potências vizinhas - Rússia, Prússia e Áustria - exerceram uma influência de longo alcance sobre sua literatura. Os opressores (11) não apenas tentaram impor (14) seu domínio político (12), mas erradicar (15) a cultura do povo conquistado (13). Um dos principais alvos era a língua: ________ do uso oficial e das cerimônias públicas. A literatura polonesa teve de adotar o difícil papel de guardiã do idioma, ameaçado pela expansão dos opressores e de sua língua. As obras literárias passaram a ser o único santuário (5) onde (9) a língua ameaçada poderia florescer.

Consequentemente (16), o país, que (6) tinha ficado (2) privado de seu exército regular, formou uma divisão de poetas, com a crença profunda de que ________ mais efetivos que unidades militares. A língua era sua única arma contra a opressão do Estado. Acreditava-se que perder a língua nacional significaria perder a identidade cultural, crença essa jamais questionada.

Assim (17), a poesia polonesa sentiu, desde a época das partições, o terrível peso do dever público. Isso originou uma série de conflitos dentro da própria literatura. Os poetas, cuja principal tarefa (10) era preservar - por via da língua - o sentido de identidade nacional, tiveram de refrear a voz individual, uma vez que serviam (3) à causa polonesa, supraindividual. Tiveram de suspender a alegria criativa da picardia e da irresponsabilidade, por causa da gravidade de seus objetivos. A poesia estava associada, inextricavelmente, à extrema seriedade da missão. E, mesmo que (18) ________ obras escritas por poetas em momentos descomprometidos da vida, quando desfrutavam dos prazeres terrenos ou se (7) deliciavam com horas de ócio, estes não tinham sido incluídos no cânone literário. Na Polônia, a seriedade do objetivo modelou a ideia popular do que a poesia é e (19) deveria (20) ser.

(Adaptado de: JARNIEWICZ, J. Língua contra língua. In: PETERSON, M. (Org.) A literatura soberana: ensaios sobre as literaturas da Europa Centro-Oriental. São Paulo: Humanitas, 2010. p. 191-192.)

Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, referentes a funções sintáticas de palavras e segmentos do texto.

() O segmento à Polônia (4) exerce função de objeto indireto.

() O segmento o único santuário (5) exerce a função de predicativo do sujeito.

() O pronome que (6) desempenha a função de sujeito da oração em que aparece.

() O pronome se (7) é um índice de indeterminação do sujeito.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é