Leia o poema abaixo, retirado de A Divina Quimera, de Eduardo Guimarães.

Se a vida é bela, ardente e forte, febre e delírio, ânsia e paixão, por que, sem causa, adoro a morte
e, um grito de lábio, espero em vão?

Um grito ao lábio soluçante da alma que, em vão, por ti sofreu, da alma que sofre e, palpitante,
sonha, ajoelhada, ao lado teu...

Que, ainda hoje, sofre à luz perdida de um Éden lúgubre de dor onde, entre as mãos do anjo da vida,
como uma espada, fulge o amor!

E de onde sou, talvez, o expulso que do seu exílio mortal levanta as mãos, hirto e convulso,
para a tua alma virginal.

Para a tua alma onde sentiste que o amor, sorrindo, enfim, desceu, e que o meu sonho doce e triste
foi o esplendor que Deus te deu.

Considere as afirmações abaixo sobre o poema lido.

  1. I. O poema enaltece o amor no plano espiritual, despido de erotismo e de carnalidade.

  2. II. O Éden ou Paraíso é definido, no poema, como o lugar onde, hoje, reina absoluta a felicidade.

  3. III. O poema se encerra celebrando o esplendor do amor cotidiano e fiel.

Quais estão corretas?