Leia o poema Consolo na Praia, de Carlos Drummond de Andrade.

"Vamos, não chores... A infância está perdida. A mocidade está perdida. Mas a vida não se perdeu. O primeiro amor passou. O segundo amor passou. O terceiro amor passou. Mas o coração continua. Perdeste o melhor amigo. Não tentaste qualquer viagem. Não possuis casa, navio, terra. Mas tens cão. Algumas palavras duras, Em voz mansa, te golpearam. Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o
humor?
A injustiça não se resolve. À sombra do mundo errado Murmuraste um protesto tímido. Mas virão outros. Tudo somado, devias precipitar-te, de vez nas águas
Estás nu na areia, no vento... Dorme, meu filho."

Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações a respeito desse poema.

() É um verdadeiro "consolo", na medida em que sugere a possibilidade de reverter em felicidade os maus momentos da vida e, inclusive, de esquecê-los.

() Critica os tímidos e sem iniciativa, que não usam mecanismos eficientes para impedir situações agressivas.

() Sublinha a inexorável passagem temporal que tudo arrebata.

() É uma espécie de balanço da vida, em que são colocados, de um lado, o vivido e, de outro, o não-alcançado.

() Alude à ineficácia das atitudes de pessoas sensíveis e retraídas diante de forças mais poderosas.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é