Assim que a seleção francesa foi desclassificada (3), tirando da competição (19) a supostamente invencível (23) Marselhesa (11), The Guardian (8) anunciou: “O Brasil agora (12) possui o melhor hino nacional da Copa Mundial de 2002”. E não apareceu ninguém para desmentir ________ jornal inglês (10).

Para The Guardian, o nosso hino nacional é “o mais (13) alegre, o mais animado, o mais melodioso (25) e o mais encantador do planeta”. A despeito da secular pinimba dos britânicos com os franceses, não me pareceu forçada ________ restrição que fizeram ________ Marselhesa e seus “belicosos apelos às armas”, desfavoravelmente (14) comparados ao estímulo aos sentimentos nacionais e às belezas naturais do florão (20) da América contido nos versos (15) que Joaquim Osório Duque Estrada escreveu (4) para a música de Francisco Manuel da Silva.

Cânticos de louvor ________ nações e seus povos, os hinos pouco se diferenciam: são quase sempre hipérboles (24) patrióticas, não raro jingoístas (16), demasiado apegadas a glórias passadas e inclinadas a exortar a alma guerreira que em muitos de nós dormita. Entretanto, comparado aos hinos dos países que nós derrotamos nas três fases da Copa (5), o nosso ganha fácil em beleza melódica (26) e expressividade poética. “É como se tivesse vindo pronto, já composto (17), de uma casa de ópera (21)”, bajulou The Guardian (9).

Quase um século nos separa da concepção da letra do hino Nacional Brasileiro. Ela é antiga, solene, inflamada, alambicada, anacrônica (2), como todas de sua espécie. Custamos a nos acostumar com ela. Suas anástrofes e seus cacófatos até hoje aturdem as crianças. Passei um bom tempo de minha infância sem atinar para o sentido de alguns versos (22) e acreditando que a nossa terra era “margarida” (6), e não “mais garrida”. Por uma deformação mental qualquer – ou, quem sabe, condicionado por outros hinos e por fatos de nossa nada incruenta história (1) -, vivia a cantar “paz no futuro e guerra (em vez de ‘glória’) no passado”.

Encontrei uma versão em que tiraram do berço o gigante eternamente deitado: “Erguido virilmente em solo esplêndido/Entre as ondas do mar e o céu profundo”. Prefiro os versos originais. Não por convicções ideológicas, mas por uma questão de métrica, de eufonia – e um pouco (18) por desconfiar que sempre vivemos deitados em berço esplêndido (7), dormindo mais do que deveríamos.

(Adaptado de: AUGUSTO, Sérgio. Bravo!, ano 5, n.59, ago.2002)

Assinale com V (verdadeiro) as ocorrências em que a palavra que substitui uma palavra ou expressão anteriormente explicada no texto e com F (falso) as ocorrências da palavra que em que isso não ocorre.

() que a seleção francesa foi desclassificada (3)

() que Joaquim Osório Duque Estrada escreveu (4)

() que nós derrotamos nas três fases da Copa (5)

() que a nossa terra era “margarida” (6)

() que sempre vivemos deitados em berços esplêndido (7)

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é