Leia o seguinte fragmento do poema Procura da poesia, de Carlos Drummond de Andrade.
“Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. Não faças poesia com o corpo, esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso* à efusão lírica. Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro são indiferentes. Nem me reveles teus sentimentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.”
* contrário
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo sobre o sentido do texto.
() As formas verbais do imperativo negativo (v. 01, 06 e 10) evidenciam que o poeta procura dissuadir aquele que queira fazer poesia sobre suas experiências pessoais e familiares.
() Trata-se de um poema sentimental que visa tornar a criação poética acessível a todos os leitores.
() Os versos 06 a 09 negam o corpo como área de motivação à criação poética.
() A poesia é algo que transcende a vida, o corpo, os pensamentos e os sentimentos.
A sequência correta de preenchimentos dos parênteses, de cima para baixo, é